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Sem CPMF, Lula vai à TV com discurso otimista
Presidente falará sobre "vitórias" obtidas em 2007
José Cruz/ABr
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O ministro José Múcio (Relações Institucionais) concede entrevista após reunião com Lula |
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Apesar de já começar 2008
com a pendência de R$ 38 bilhões gerada pelo fim da
CPMF, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará na noite
de hoje um pronunciamento
otimista, em rede nacional de
rádio e TV, sobre as "vitórias"
que obteve neste ano e as que
espera ter no ano que vem.
Na manhã de ontem, Lula se
reuniu com seus principais ministros para preparar o texto final. Decidiu-se que o discurso
não deve abordar diretamente
derrotas do Planalto em 2007.
"Vai ser um pronunciamento
dividindo com os brasileiros a
alegria que [Lula] tem tido com
o desempenho do país. Vai ser
um presente de Natal. Os dados
que serão apresentados apontam para um ano bom", disse o
ministro José Múcio (Relações
Institucionais) após a reunião.
"Ele não vai falar sobre aumento de impostos e cortes.
Época de Natal não é de se falar
em imposto." A gravação estava
prevista para ocorrer de manhã. Lula deseja falar principalmente do surgimento de uma
nova classe média no país.
Os ministros aproveitaram a
reunião de ontem para reafirmar a necessidade de cortes para fechar o orçamento de 2008.
De acordo com Múcio, Lula
voltou a dizer que não deve haver redução nas verbas do PAC
(Programa de Aceleração do
Crescimento), do Pronasci
(Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania) e
programas sociais.
Durante o encontro, Lula e
ministros decidiram que o projeto de reforma tributária deve
ser enviado em fevereiro. Também marcaram para janeiro a
nomeação de indicados por
partidos aliados para ocupar
cargos no segundo escalão.
Na reunião, Lula disse que
"não tem pressa" de tomar as
medidas, mas que elas devem
se concentrar primeiro em cortes de despesas.
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