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SÃO PAULO
Missa reúne 13 secretários e dezenas de correligionários; governador licenciado ficou repousando na capital
27 mil rezam por Covas em Aparecida
DA ENVIADA A APARECIDA
Uma missa pela saúde do governador licenciado de São Paulo,
Mário Covas (PSDB), reuniu ontem cerca de 27 mil pessoas na Basílica de Aparecida (a 170 km de
São Paulo), segundo estimativa
da administração do santuário.
A maioria dos convidados chorou durante a celebração, que durou uma hora e 15 minutos e foi
presidida pelo cardeal arcebispo
de Aparecida, dom Aloísio Lorscheider. Covas era esperado pela
administração da basílica, mas,
segundo o governador interino,
Geraldo Alckmin, não compareceu porque estava "repousando"
na manhã de ontem.
Boa parte do público eram fiéis
que habitualmente visitam Aparecida aos sábados. Viajaram especialmente para a celebração a
mulher de Covas, Lila, Alckmin e
sua mulher, Maria Lúcia, o ministro José Serra (Saúde), 13 dos 22
secretários de governo, alguns deputados estaduais e federais e 30
prefeitos de cidades paulistas.
A missa foi o ato final da peregrinação a Aparecida para rezar
pela recuperação de Covas, que
está em tratamento por causa de
um câncer com metástase.
A Travessia da Fé, como foi batizada pela Igreja Católica a romaria, saiu de São Paulo na segunda-feira com 90 fiéis e chegou às 9h
de ontem à Basílica de Aparecida,
com cerca de 120 pessoas.
No santuário, onde já estavam
espalhadas faixas desejando saúde a Mário Covas, os peregrinos
-liderados pelo padre Rosalvino
Vinayo, amigo pessoal do governador licenciado- foram recebidos com fogos de artifício.
Lila Covas foi a primeira das autoridades paulistas a chegar, às
9h15, acompanhada apenas por
Beth Arbaitman, mulher do secretário de Esportes e Turismo.
Lila subiu ao altar montado do lado de fora da igreja, onde os peregrinos já faziam orações, e foi
aplaudida.
De óculos escuros e chorando
muito, ela não quis falar à platéia e
ficou apenas cinco minutos no altar, seguindo para a sala da sacristia, onde aguardou o início da
missa. "É tão difícil, viu? Eu estou
feliz, mas triste. Podia ter sido por
outra coisa", disse Lila, muito
emocionada, referindo-se à homenagem, ao ser cercada por jornalistas. Foi a única declaração da
mulher do governador licenciado.
Emoção
A missa de ontem começou
pontualmente às 10h. Alckmin e
Lila, como as demais autoridades,
ficaram à direita do altar, isoladas
por cordões da segurança. Aos
pés de dom Aloísio, faixas pediam
pela saúde de Covas, citado durante toda a celebração.
Ao deixar seu lugar para liderar
a fila da comunhão, Lila recebeu
duas medalhas religiosas do comerciante Adilson Chad, 45, que
conseguiu romper o cerco da segurança e pediu que uma dela seja
entregue a Covas.
O momento mais emocionante
ocorreu quando Lila, chorando
muito, segurou uma imagem de
Nossa Senhora Aparecida e a exibiu, caminhando em torno do altar. Alckmin e Serra choraram. "O
governador é um guerreiro e merece essa oração e esse carinho",
disse Alckmin após o final da missa.
(SÍLVIA CORRÊA)
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