|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Porta-voz das Farc é proibido de falar no Fórum
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
Um debate ontem no Fórum Social Mundial virou
ato de desagravo ao porta-voz informal das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) no Brasil,
Olivério Medina.
Ele iria participar da oficina "Direitos Humanos e Soberania na América Latina",
mas uma resolução da Polícia Federal, que ele recebeu
no dia 16, o proíbe de se manifestar em nome do principal grupo rebelde do país.
No ano passado, Medina
chegou a ser preso em Foz
do Iguaçu (PR), a pedido do
governo colombiano, que o
acusa de atividades terroristas. Ele acabou solto.
Por orientação de advogado, Medina decidiu acatar a
proibição. As cerca de 80
pessoas que assistiram ao
debate no campus da PUC-RS protestaram contra a a
PF e redigiram uma moção
de desagravo.
Medina foi substituído nos
trabalhos pelo secretário-geral da Juventude Comunista
Colombiana, Nixon Padilla
Rodriguez.
O economista Plínio de
Arruda Sampaio disse que o
colombiano foi "objeto de
uma violência policial que
dá a idéia de como é tênue a
democracia brasileira".
O coordenador do debate,
deputado estadual Renato
Simões (PT), presidente da
comissão de Diretos Humanos da Assembléia Legislativa de São Paulo, declarou
que irá pedir uma apuração
se a notificação da PF tem
embasamento legal ou não.
Texto Anterior: MST articula "internacional camponesa" Próximo Texto: Marta quer fazer metrô com francês Índice
|