São Paulo, domingo, 28 de janeiro de 2001

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Porta-voz das Farc é proibido de falar no Fórum

DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

Um debate ontem no Fórum Social Mundial virou ato de desagravo ao porta-voz informal das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) no Brasil, Olivério Medina.
Ele iria participar da oficina "Direitos Humanos e Soberania na América Latina", mas uma resolução da Polícia Federal, que ele recebeu no dia 16, o proíbe de se manifestar em nome do principal grupo rebelde do país.
No ano passado, Medina chegou a ser preso em Foz do Iguaçu (PR), a pedido do governo colombiano, que o acusa de atividades terroristas. Ele acabou solto.
Por orientação de advogado, Medina decidiu acatar a proibição. As cerca de 80 pessoas que assistiram ao debate no campus da PUC-RS protestaram contra a a PF e redigiram uma moção de desagravo.
Medina foi substituído nos trabalhos pelo secretário-geral da Juventude Comunista Colombiana, Nixon Padilla Rodriguez.
O economista Plínio de Arruda Sampaio disse que o colombiano foi "objeto de uma violência policial que dá a idéia de como é tênue a democracia brasileira".
O coordenador do debate, deputado estadual Renato Simões (PT), presidente da comissão de Diretos Humanos da Assembléia Legislativa de São Paulo, declarou que irá pedir uma apuração se a notificação da PF tem embasamento legal ou não.


Texto Anterior: MST articula "internacional camponesa"
Próximo Texto: Marta quer fazer metrô com francês
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.