São Paulo, quarta, 28 de janeiro de 1998


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Painel

FHC cuida do palanque
O Planalto convenceu Marcello Alencar a aceitar um acordo com Cesar Maia na eleição do Rio. O governador tucano quer ser candidato ao Senado, exige que o pefelista pare de criticá-lo e pede apoio para que o filho Marco Aurélio se eleja deputado.

Amarelada pefelista
Na Espanha, semana passada, Jorge Bornhausen e José Jorge pressionaram Cesar Maia a fazer aliança com Alencar (PSDB) no Rio, sob pena de perder a eleição para Anthony Garotinho (PDT).

Crédito futuro
Serjão acertou com Dornelles que o PPB cederá a vaga de vice na chapa do pefelista Cesar Maia para o PSDB do Rio. O pepebista leva apoio para se reeleger deputado e fica com crédito para cobrar o retorno ao ministério.

União selada
No Rio Grande do Sul, o PSDB fechou com a reeleição de Antônio Britto em troca do apoio do PMDB à candidatura da tucana Yeda Crusius à Prefeitura de Porto Alegre, em 2000.

Jogo paraense
O governador Almir Gabriel e o senador Jader Barbalho estão a ponto de fechar uma aliança no Pará. Jader apoiaria a reeleição do tucano e, se se eleger presidente do PMDB, se credenciaria para ser ministro de FHC em 99.

Sucessão pernambucana
Auxiliares de Arraes (PSB) pediram a tucanos que aguardassem até o final de março uma definição do governador sobre eventual candidatura à reeleição. Se estiver mal nas pesquisas, pode sair acordo com o senador Carlos Wilson (PSDB).

Tentando decolar
João Hermmann, cacique do PPS paulista, diz que recebeu pesquisa na qual Ciro Gomes está com 14% na grande São Paulo.

Palanque dividido
Está comprometida a reedição da aliança que apóia FHC no Piauí. Hugo Napoleão (PFL) formaliza amanhã sua candidatura contra o governador Mão Santa (PMDB). Mas não deixa a liderança pefelista no Senado.

Sonhando alto
O projeto do deputado Michel Temer, que está ocupando interinamente a Presidência, é se reeleger presidente da Câmara no ano que vem e se credenciar para disputar a Prefeitura de São Paulo em 2000 pelo PMDB.

Apertando o torniquete
Governistas do PMDB estiveram ontem no Planalto para acertar ao vivo com FHC os últimos detalhes da ação para a tomada do partido, cuja Executiva se reúne amanhã. Está declarada a guerra total. Aos amigos, tudo. Aos inimigos, o olho da rua.

Chega pra lá
Aécio Neves (PSDB-MG) ligou ontem para Luís Eduardo (PFL-BA). O pefelista não atendeu. Sabia que a conversa era sobre o rodízio na liderança do governo, defendido pelo tucano, e quis deixar claro que não gostou.

Não colou
Maluf telefonou ontem para Malan (Fazenda): "Estranho que não recebi nem um telegrama agradecendo os elogios que te fiz". Há dias, Maluf disse que Malan é o melhor ministro da Fazenda que o Brasil já teve.

Pano pra manga
Sergio Amaral diz que a campanha sobre a reforma da Previdência começará a ir ao ar até o final desta semana. Afirma que ela se limitará "a esclarecer" o projeto de forma imparcial.

Cadê o mineirinho?!
Piada de ontem no Congresso: "Assessores de Clinton estão procurando loucamente Itamar Franco em Juiz de Fora. Querem saber o segredo de aparecer no Carnaval com uma mulher sem calcinha (Lílian Ramos) e ainda continuar presidente".

Chefe legal
Criticado pela falta de vagas nas escolas numa inauguração, Covas disse que, quem tivesse o problema, poderia ligar para seu gabinete. Deu o número 845 3945 e o nome das secretárias.


Visita à Folha
O ministro extraordinário da Política Fundiária, Raul Jungmann, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço.
TIROTEIO


Da prefeita de Maceió, Kátia Born (PSB), sobre a vista do ministro Iris Rezende (Justiça) a Alagoas para discutir o combate ao crime organizado no Estado:
- O ministro veio muito tímido, muito fraco para conter o poder de fogo da gangue.

CONTRAPONTO

Bola fora
Então governador da Paraíba, Tarcisio Burity foi convidado em 1980 por Paulo Maluf, que governava São Paulo, para assistir ao Festival de Inverno de Campos de Jordão.
Burity aceitou o convite e ficou hospedado no Palácio Boa Vista, residência oficial do governador paulista na cidade, com Maluf e sua família.
Apreciador de música clássica e compositor que assina com o pseudônimo T. Virgilius, Burity se esforçava para ir a todos os concertos do festival.
Numa tarde, depois de chegar de mais uma maratona musical, encontrou Maluf, seu filho Flávio, um segurança do governador paulista e o secretário de Comunicação da Paraíba, Carlos Roberto Oliveira, entretidos com uma partida de tênis na televisão.
Burity, que, além de apreciador de música clássica, tem fama de não entender nada de esportes, tentou puxar conversa:
- É Fluminense contra quem?

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