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São Paulo, sexta-feira, 28 de fevereiro de 2003

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PAINEL

Os fins e os meios
O PT decidiu pedir abertura de investigação contra ACM no Senado após parlamentares ameaçarem denunciar publicamente que petistas tiveram acesso à fita na qual o baiano teria admitido à "IstoÉ" ser responsável pelos grampos na Bahia. Mas que estavam, em "nome da governabilidade", lavando as mãos.

Bola de neve
A bancada do PMDB no Senado está dividida sobre uma investigação de ACM na Casa. Alguns parlamentares temem que um processo contra o pefelista acabe desencadeando apuração sobre o conteúdo das gravações. Geddel Vieira Lima (PMDB) está entre os grampeados.

Racha interno
Na reunião de anteontem da bancada do PMDB, João Alberto (MA) e Gilberto Mestrinho (AM) foram os líderes da ala que prefere livrar o pefelista da cassação. Já Pedro Simon (RS) e Ramez Tebet (MS) estavam na tropa de choque anti-ACM.

Mais ou menos
O Ministério Público Federal reclama, nos bastidores, do pouco interesse do Planalto no episódio do Banestado de Nova York no qual 137 contas movimentaram US$ 14,9 bilhões. Os procuradores suspeitam de lavagem de dinheiro.

De verdade
Procuradores dizem que o governo Lula poderia agir com mais "vontade política", a fim de pedir apoio das autoridades americanas e dos paraísos fiscais para rastrear o destino do dinheiro que passou pelo Banestado. Até agora, só fez enviar uma equipe da PF aos EUA.

Na Justiça
Corregedor da Câmara, Luiz Piauhyliano enviou ao STF laudo que comprova a autenticidade das gravações das conversas entre Pinheiro Landim e um dos maiores traficantes do país. O ex-deputado renunciou, mas a investigação sobre venda de habeas corpus continua.

Ao gosto do chefe
O restaurante do Senado incluiu em seu cardápio pescada amarela, peixe típico do Maranhão, terra de José Sarney. Quando ACM foi presidente da Casa, o prato típico era moqueca. Com Jader Barbalho, a iguaria era pato ao tucupi. E na gestão Ramez Tebet, marizabel, prato tradicional do Pantanal.

Mordaça federal
Ninguém entendeu por que o Planalto proibiu Márcio Thomaz Bastos (Justiça) de dar entrevista sobre as medidas do governo para apoiar o combate à criminalidade no Rio de Janeiro. Houve apenas um briefing lacônico lido pelo ministro.

Carnaval
Em tom de brincadeira, Lula disse ontem à bancada fluminense ter três bons motivos para ajudar o Rio de Janeiro: "Tive 80% dos votos no Rio, torço para o Vasco e para a Beija-Flor".

Tente outra vez
Rosinha Garotinho telefonou exatas dez vezes para Thomaz Bastos na quarta-feira, a fim de pedir ajuda federal para resolver a crise da segurança no Rio. À noite, quando encontrou o ministro, ela disse: "Peço desculpas por ter te amolado tanto".

Não, com prazer
Lula disse a Rosinha (PSB) que a governadora do Rio tem todo o direito de "pedir com dureza ajuda do governo federal" para os problemas do Estado. Mas que ele pode negar os pedidos "com toda a delicadeza".

Visitas à Folha
O senador Jorge Bornhausen (PFL-SC) visitou ontem a Folha.
 
João Carlos de Souza Meirelles, secretário de Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo do Estado de São Paulo, visitou ontem a Folha.
 
Cláudia Costin, secretária de Cultura do Estado de São Paulo, visitou ontem a Folha. Estava acompanhada de Mona Dorf, assessora de imprensa.

TIROTEIO

De Miguel Reale Júnior, ex-ministro da Justiça, sobre Cesar Maia dizer que teria mandado a polícia agir com todo o rigor no presídio Bangu 1, matando quem tivesse de matar:
-Se é para fazer apologia contra os direitos humanos, diria que, nesse caso, prefeito bom é prefeito mudo.

CONTRAPONTO

Beijo negado

Na campanha de 1998 no Mato Grosso, Dante de Oliveira (PSDB), candidato ao governo, percorreu o Estado ao lado do também tucano Antero Paes de Barros, que disputava o Senado.
Em uma das viagens, a dupla foi para Rosário D'Oeste, cidade à beira do rio Cuiabá, onde acontecia o Festival da Praia, reunindo artistas da região.
Assim que chegaram, Dante e Antero fizeram um "arrastão" na praia, cumprimentando todas as pessoas que encontravam pelo caminho.
Antero, logo de cara, viu uma criança de costas e, vendendo simpatia, pediu:
- Garotinho lindo, dá um beijo aqui no titio!
O "garoto" respondeu, duro:
- Que beijo que nada. Não sou gay, não, doutor.
Surpreso, Antero viu que tratava-se de um anão. Constrangido, deu um abraço, desculpou-se e saiu de fininho.


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