DA REPORTAGEM LOCAL

Na sucessão de São Paulo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) aparece como cabo eleitoral mais importante do que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), revela o Datafolha.
Em cinco meses, aumentou oito pontos percentuais o número de eleitores que não votariam em um candidato a prefeito apoiado por Lula. Em contrapartida, cresceu sete pontos o índice daqueles que votariam em um apoiado pelo governador Geraldo Alckmin.
Para 26% dos entrevistados, o apoio de Lula seria razão para não votar em um candidato, contra 18% em outubro de 2003. Foi de 19% para 14% o percentual dos que dizem que o apoio de Lula poderia levar à escolha. A maioria (56%) diz ser indiferente a opção de Lula -60% há cinco meses.
A rejeição ao apoio de Lula é maior entre os mais velhos, de nível superior e maior renda.
No caso de Alckmin, a pesquisa mostra que saltou de 26% para 33% o percentual dos que dizem que o apoio do governador pode levar à escolha de um candidato. Sua influência positiva é maior entre as mulheres, os mais velhos, os de baixa e os de alta escolaridade e entre os de baixa e alta renda.
Houve oscilação negativa de um ponto entre os que afirmam (15%) que o apoio de Alckmin levaria à rejeição de um determinado candidato. Para 49% dos ouvidos, a posição do governador não faz diferença. Há cinco meses, 55% tinham essa mesma opinião.
Lula concentrará esforços na reeleição da prefeita Marta Suplicy. Se José Serra não aceitar a disputa, Alckmin tentará eleger Saulo de Castro Abreu Filho.



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