São Paulo, terça-feira, 28 de março de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ELEIÇÕES 2006

Em Alagoas, Renan apoiará tucano ao governo

Jarbas deixa governo de Pernambuco para concorrer a uma vaga no Senado

COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
DA AGÊNCIA FOLHA


O governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos (PMDB), anunciou ontem que vai se desincompatibilizar do cargo na próxima sexta-feira para disputar uma vaga no Senado. Durante o anúncio, fez críticas a seu partido e disse estar aberto para discutir a formação de uma nova legenda.
Jarbas, integrante do chamado PMDB "autêntico", é crítico ferrenho da pré-candidatura de Anthony Garotinho, ex-governador do Rio. "A indicação do Garotinho nas prévias apenas aprofunda essa crise dentro do PMDB." "Garotinho tem um discurso populista, tem práticas políticas com as quais eu não concordo. Hoje é preciso ver o que é menos ruim. Se é o partido ter uma candidatura própria, como a de Garotinho, ou não ter candidatura e liberar para as alianças regionais", disse.
Jarbas disse que existe a possibilidade de sair do partido. "Posso sair do PMDB, admito sair do PMDB, dentro de uma reformulação política em que eu tenha campo e espaço para discutir. Admito até discutir um novo partido."
Para o governo de Pernambuco, Jarbas vai apoiar seu vice, José Mendonça Filho, do PFL. Também podem disputar o cargo o deputado federal Eduardo Campos (PSB), o ex-ministro da Saúde Humberto Costa (PT) e o presidente da Confederação Nacional das Indústrias, deputado Armando Monteiro (PTB).

Alagoas
O senador Teotônio Vilela Filho (PSDB) lançou ontem, em Maceió, sua pré-candidatura ao governo de Alagoas. Ele recebeu o apoio do presidente do Senado, Renan Calheiros -da ala governista do PMDB-, que participou da solenidade. Vilela Filho já foi presidente nacional do PSDB e é senador há 20 anos.
O governador Ronaldo Lessa (PDT), que deixará o governo de Alagoas na próxima sexta-feira, será o candidato ao Senado na chapa de Vilela Filho. O nome do candidato a vice-governador será definido na convenção em junho.
A candidatura do tucano recebeu também apoio de PSB, PL, PT do B, PRP, PHS e PTC do Estado. O PFL, partido que deve coligar nacionalmente com o PSDB, não declarou apoio ao senador.
O deputado federal José Thomaz Nonô (PFL), presidente regional do PFL, deve apoiar a candidatura do deputado federal João Lyra (PTB).
Inicialmente, o senador Renan Calheiros era o nome mais forte para encabeçar a chapa, capaz até de atrair o apoio do PT no Estado. Mas decidiu continuar seu mandato no Senado, que vai até 2010.
Com o lançamento de Vilela Filho, o PT -aliado com o PC do B e o PV- estuda agora lançar um candidato ao governo para viabilizar um palanque ao presidente Lula no Estado.
Atualmente dois nomes são cogitados: o do vereador Judson Cabral (PT) e do ex-deputado federal Eduardo Bonfim (PC do B).
A mesma estratégia foi usada pelo PT em 2002, mas sem sucesso. Sem um nome forte disputando no Estado, Lula teve menos votos que José Serra (PSDB) no segundo turno em Alagoas.


Texto Anterior: Ministério público: Alckmin dá novo mandato a Pinho na Promotoria de SP
Próximo Texto: Campo minado: Agricultores atacam empresa de sementes
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.