São Paulo, domingo, 28 de abril de 2002

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Saúde foi prioridade de governo

DA REPORTAGEM LOCAL

A ação do governo Ciro Gomes na área da saúde foi elogiada no livro "Bom governo nos trópicos", de Judith Tendler, do MIT (Massachusetts Institute of Technology). A redução da mortalidade infantil no Ceará mereceu um prêmio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
"Os secretários de saúde foram os técnicos mais próximos do núcleo duro do poder", diz o cientista político Jawdat Abu El-Haj, da Universidade Federal do Ceará. Linda Gondim, do Departamento de Ciências Sociais e Filosofia da UFC, cita o êxito dos "agentes de saúde", pessoas leigas, contratadas sem vínculo empregatício para combater a epidemia de cólera (com a oposição do Conselho de Enfermagem do Ceará).
A taxa de mortalidade infantil caiu de 64,6% em 1992 para 52,4% em 1999 -mas outros Estados tiveram redução maior no período.
Para o deputado Eudoro Santana (PSB), "a fachada foi mudada, mas o "Ceará real" está mais pobre, com grande concentração de renda". Ele admite evolução no saneamento. Entre 1992 e 1998, o percentual de domicílios ligados à rede coletora passou de 8,5% para 24%. "Houve um aumento considerável da escolarização", diz o deputado petista Artur Bruno. Em 1992, a taxa de escolaridade era de 80,8%, na faixa de 7 a 14 anos. Subiu para 94,8% em 1999.
Em 1992, o Ceará registrava taxa de analfabetismo de 34,5%. Caiu para 27,8%, em 1999, mas bem acima da brasileira (13,3%). (FV)


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