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Disputa por apoio de Lula provoca farpas entre Marta e Mercadante
MALU DELGADO
DA REPORTAGEM LOCAL
O envolvimento do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva na sucessão de São Paulo é o principal motivo de atrito entre os pré-candidatos do PT, Marta Suplicy e Aloízio Mercadante, que trocam farpas na reta final da campanha.
A ex-prefeita disse que não precisa de "subterfúgios para vencer
a eleição", enquanto Mercadante
lembrou que tem metade do índice de rejeição da ex-prefeita. Ambos comprometem-se, no entanto, a apoiar sem ressentimentos o
vencedor da prévia.
Marta disse, em entrevista à rádio Jovem Pan, durante encontro
com filiados em Ribeirão Preto,
que se considera mais qualificada
para a disputa com José Serra,
tanto que as pesquisas a colocam
"disparado na frente em relação
ao companheiro Mercadante".
O senador pediu serenidade até
a prévia, mas reagiu. "Perdemos a
eleição na capital no primeiro e
segundo turnos. O indicador mais
importante neste momento da
campanha é a rejeição. Eu tenho
mais potencial de ampliar votos e
crescer", afirmou à Folha.
Lula não declarou publicamente a preferência, mas seus últimos
gestos não deixam dúvidas de que
trabalha pela vitória de Mercadante. O senador diz que se sente
honrado com o apreço de Lula e
ressalva que a adesão de prefeitos
e sindicalistas à sua candidatura
não são manifestações da cúpula
do PT. "Minha candidatura nasceu da base do partido", revidou.
Já Marta insiste que Lula não
declarou preferência a Mercadante. "Não sei se o presidente tem essa preferência mesmo. Mesmo se
tivesse, os militantes do PT conhecem os dois candidatos. Ninguém manda no filiado, que não
gosta de ter cabresto. Se a cúpula
quer ir para um lado, ele pensa
com a cabeça e vai para outro."
Colaborou a Redação
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