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ELEIÇÕES 2006/PRESIDÊNCIA
Partido transfere para 24 de maio a definição da chapa de Alckmin; presidenciável promete apoiar candidato de ACM na Bahia
PFL adia escolha de vice e pressiona Alckmin
SILVIO NAVARRO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Com o argumento de que ainda
é possível "ampliar o arco de
alianças", o PFL adiou para o final
de maio a escolha do vice de Geraldo Alckmin (PSDB). Informalmente, o partido escolheu o dia 24
de maio para o anúncio, 11 dias
depois da definição do PMDB.
O adiamento da escolha do vice
foi oficializado na reunião da Executiva Nacional, a pedido do líder
do PFL no Senado, José Agripino
(RN), um dos cotados para concorrer ao cargo. O presidente do
PFL, senador Jorge Bornhausen
(SC), disse ontem que "torce" para que o PMDB não tenha candidato próprio à Presidência. "Prefiro acordos com o PMDB nos Estados, com PFL ou com PSDB."
A decisão de postergar a escolha
para aguardar a definição do
PMDB havia sido acordada na
véspera pelos senadores do partido após ouvirem de Alckmin, em
jantar com a bancada pefelista, a
promessa de que se empenhará
para desatar os nós que travam a
aliança em alguns Estados.
No jantar, Alckmin conversou
com os senadores pefelistas Antonio Carlos Magalhães (BA) e Roseana Sarney (MA) e com o governador de Sergipe, João Alves
(PFL), Estados apontados como
mais complicados para a união. À
exceção do Maranhão, nos outros
dois anunciou decisão de apoiar
os pefelistas ao governo independentemente dos tucanos locais.
Após o encontro, o pré-candidato tucano afirmou que "ouviu
muito" e "há espaço para caminhar". "O conceito de time está
cada vez mais forte. Se jogaremos
com dois atrás ou três na frente,
isso é estratégia. Tem coisas que
vamos resolver bem, e outras,
99%", disse à Folha.
No caso da Bahia, Alckmin reafirmou a ACM que apoiará a reeleição dr Paulo Souto (PFL). ACM
tenta impedir a candidatura de
Antonio Imbassahy (PSDB) ao
Senado, patrocinada pelo líder do
PSDB na Câmara, Jutahy Jr. (BA).
Contrariado com a negociação de
Alckmin com ACM, Jutahy telefonou ontem para o coordenador
da campanha, senador Sérgio
Guerra (PSDB-PE), para se queixar que a ala "carlista" do PFL já
preparava recepção a Alckmin.
Líderes do PSDB reagiram ontem à declaração do presidente
Lula de que tucanos só brigam,
enquanto o PT está tranqüilo. O
mais incisivo foi o governador de
Minas, Aécio Neves: "O PT está
acabando, aí fica muito difícil brigar. As figuras do PT estão desaparecendo do cenário. Se você me
perguntar meia dúzia de figuras
expressivas do PT, confesso que
teria dificuldades de me lembrar".
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