São Paulo, segunda-feira, 28 de abril de 2008 |
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Painel RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br É tudo verdade
É verdade que Lula disse a algumas pessoas ter considerado "burrice" o veto do PT à aliança com o PSDB
em Belo Horizonte, mas também é verdade que os integrantes da Executiva identificados com o presidente contribuíram para a sonora derrota (13 a 2) do projeto -e não o fizeram à revelia do chefe. É verdade que Lula agora faz declarações contemporizadoras, pois o
candidato da abortada coligação pertence ao aliado
PSB, mas também é verdade que o presidente já disse,
a alguns interlocutores privilegiados, que não pretende mover mundos e fundos para reverter a decisão. Discurso. Já está pronto o "spinning" dos aecistas em resposta ao veto do PT: se o partido quis dar um tombo no governador mineiro agora é porque o considera um tucano mais perigoso do que José Serra em 2010. Idas... Em conversa a portas fechadas, o vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, reconheceu ter sido informado de antemão que o PT iria melar a aliança com o PSDB em Belo Horizonte e avalizou a manutenção de seu partido na coligação petista. Disse ainda que não aceitaria ser desmoralizado com a quebra do acordo. ...e vindas. Diante da pressão do PSB mineiro, pró-Aécio, a cúpula nacional concordou em divulgar nota nesse sentido em reunião amanhã. Mas há quem aposte que o presidente da sigla, Eduardo Campos, dará uma de Lula e não queimará navios. Segue a vida. Enquanto espera uma posição do PSB e um eventual recuo petista, Aécio trata de reabrir conversas com o PMDB para a sucessão em Belo Horizonte. #!&*?@! Sob intensa pressão desde o anúncio do apoio do PMDB a Gilberto Kassab (DEM), Alckmin (PSDB) precisará de sessões extras de acupuntura para manter a cabeça fria. No final da semana passada, soltou os cachorros com um vereador tucano que lhe telefonou. Gincana. Hoje, enquanto alckmistas promoverão o "lançamento não-oficial" da candidatura, tucanos pró-Kassab planejam juntar pelo menos o mesmo tanto de gente num evento em São Miguel Paulista, na zona leste. Nem vem. Os vereadores tucanos, em sua maioria pró-Kassab, têm um motivo extra para temer a manutenção da candidatura Alckmin: se o ex-governador se unir ao PTB, uma das poucas siglas ainda disponíveis, haverá exigência de coligação também na chapa proporcional. Cultural. O PPS quer indicar o cineasta João Batista de Andrade, que foi secretário da Cultura no governo Alckmin, para vice na chapa de Soninha à prefeitura paulistana. Tiro no pé 1. O novo discurso com que o governo pretende se proteger da conclusão do inquérito da PF sobre o dossiê -o de que não haveria crime em compilar despesas de FHC, já que sigilosas seriam apenas as informações relativas ao presidente no cargo- ameaça trazer dor de cabeça para Lula no futuro. Tiro no pé 2. Tal conversa, agora considerada um argumento útil para redução de danos, pode "desinibir" o próximo presidente, eventualmente da oposição, no exame dos gastos de seu antecessor no Planalto. Combinado. Lula convidou, e José Serra topou: o governador paulista irá ao Rio de Janeiro, no início de maio, participar do lançamento da nova politica industrial. O evento será realizado na sede do BNDES. Tiroteio Espero que o senador, que dirigia o PSDB em 2006, lembre-se do que o DEM fez pela candidatura de Alckmin à Presidência e tudo que alguns tucanos deixaram de fazer. Do deputado RODRIGO MAIA , presidente do DEM, sobre Tasso Jereissati, que criticou a aliança Quércia-Kassab dizendo que o PSDB surgiu para combater o peemedebista. Contraponto Cachimbo da paz
O projeto dos petistas Sibá Machado (AC) e Eduardo
Suplicy (SP) estabelecendo que cabe ao proprietário da
terra invadida provar que ela é produtiva gerou acalorado
debate na Comissão de Agricultura do Senado entre os
governistas e a oposição, contrária à idéia. |
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