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Alckmin quer invocar Covas contra união Kassab-Quércia
Estratégia inclui organização de ato com tucanos críticos à aliança com PMDB
A aliados o ex-governador disse que pretende ir hoje a movimento organizado por militantes do partido em defesa de sua candidatura
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A semana promete começar
quente no PSDB, com a pressão
de alckmistas pela consolidação da candidatura própria e
ataques à coligação DEM-PMDB. O ex-governador Geraldo Alckmin disse a aliados que
pretende participar hoje de
movimento organizado por militantes do partido em defesa
de sua candidatura.
Apesar do cuidado para que o
ato não seja caracterizado como um lançamento de campanha, Alckmin deve se colocar à
disposição do partido. Segundo
a Folha apurou, o governador
José Serra ficou irritado ao saber que os alckmistas deverão
reivindicar a oficialização da
candidatura no dia 5, embora a
data já tenha sido fixada pelo
presidente municipal do partido, José Henrique Reis Lobo,
em conversa com Alckmin.
Alckmin disse a interlocutores que vai explorar politicamente a adesão de Orestes
Quércia à campanha do prefeito Gilberto Kassab (DEM).
A estratégia inclui a organização de um ato que reunirá tucanos históricos, críticos à
aliança com o PMDB. A idéia é
lembrar de confrontos entre
tucanos históricos e o presidente estadual do PMDB para,
no mínimo, constranger os
kassabistas no partido.
O argumento dos alckmistas
é de que a aliança com o DEM
representaria a união com um
dos principais desafetos de Mário Covas. Aliados de Alckmin,
como o deputado Edson Aparecido, foram escalados. Ao defender aliança com o "bloquinho", o deputado alfineta.
"Traria um ar de modernidade
à política em São Paulo."
Em resposta, Kassab não
descarta a possibilidade de
lembrar que o próprio Alckmin
procurou Quércia para uma
composição eleitoral. Na madrugada de ontem, num jantar
oferecido a jornalistas durante
a Virada Cultural, Kassab ressaltou que o próprio PT compôs com Quércia para a eleição
do presidente Lula.
Lembrando que essa aproximação está registrada em fotos,
passíveis de uso em campanha,
Kassab repetiu a frase quando
um interlocutor disse que "o
PT absolveu Quércia".
Enquanto Alckmin arregimento militantes para a reunião do dia 5, kassabistas investem em outro lance para inibir
sua candidatura. O secretário
municipal de Esportes, Walter
Feldman, ameaça brigar para
que a decisão seja submetida a
voto, convocando convenção.
"Vamos tentar convencer Alckmin a desistir. A proposta para
que seja candidato em 2010 é
segura. Se ele não desistir, vamos para convenção. Não tem
outro jeito."
Na TV
Outro ponto com potencial
explosivo será o planejamento
do programa partidário do
PSDB de São Paulo, com dez inserções programadas para ir ao
ar a partir da semana que vem.
Os alckmistas reivindicam a
participação do ex-governador
em todos que forem exibidos na
capital.
Mas, o secretário de comunicação do partido, Raul Christiano, afirma que, a exemplo dos
anos anteriores, o governador
do Estado deve ocupar parte do
tempo. Nesse caso, Alckmin teria de dividir o espaço com Serra. "Em 2004, o Alckmin também apareceu", justificou
Christiano.
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