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RELAÇÕES CORDIAIS
Aécio recebe "afagos" do presidente e vaia dos petistas
PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
Em evento do governo federal para assinatura dos
convênios para obras do PAC
(Programa de Aceleração do
Crescimento) ontem em Belo Horizonte, o governador
Aécio Neves (PSDB) foi vaiado por parte da militância
petista ligada aos movimentos sociais presentes ao Palácio das Artes. Nem a presença do presidente Luiz Inácio
Lula da Silva inibiu as repetidas manifestações dos petistas, sempre que o nome de
Aécio era citado e quando foi
chamado para discursar.
Mesmo assim, Lula, o prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT), e Aécio voltaram a trocar elogios
mútuos e a dizer que petistas
e tucanos podem se relacionar bem. Embora contumaz
nos elogios a Aécio, o prefeito Pimentel criticou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), mesmo
sem citá-lo nominalmente.
Ao dizer que a área econômica do governo Lula reconheceu o esforço fiscal da
gestão de Aécio em Minas e
elevou a capacidade de endividamento do Estado, Pimentel afirmou que nunca
os ministros da Fazenda dos
governos anterior deram tratamento igual, "inclusive
aquele que foi ministro e depois presidente", se referindo a Fernando Henrique,
que foi ministro da Fazenda
do governo Itamar Franco.
Ao discursar, Aécio disse
que vivia naquele instante
um "entendimento republicano", apesar de ser de oposição. "É natural que hajam
críticas, contestações e cobranças. Mas são todos homens de bem, independentemente de coloração partidária", disse. Ele agradeceu a
Lula pela ajuda que tem dado
a Minas. "Eu cobrei com dureza e hoje agradeço e reconheço", afirmou.
Lula voltou a falar dos métodos e ações suprapartidárias do seu governo e disse
que não será maltratando os
opositores e adversários que
irá arrumar o país.
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