São Paulo, quarta-feira, 28 de julho de 2004

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DUPLAS DINÂMICAS

Serra leva Alckmin, e Marta, ex-marido, para as campanhas na rua

SP tem dia de cabos eleitorais VIPs

DA REPORTAGEM LOCAL

Marta Suplicy (PT) e José Serra (PSDB) usaram ontem cabos eleitorais de luxo nas campanhas à Prefeitura de São Paulo.
Marta levou o ex-marido e senador Eduardo Suplicy (PT-SP) para acompanhá-la na vistoria da passagem subterrânea no cruzamento das avenidas Brigadeiro Faria Lima e Rebouças.
Serra fez campanha com o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP). Eles aproveitaram o horário de almoço do governador para visitar o Poupatempo da Sé e caminhar pelo centro.
Apesar de não negar seu apoio à Marta, Suplicy afirmou que fazia a visita como parlamentar e não como cabo eleitoral. "Estou como senador que acompanha uma obra em minha cidade.".
Em conversa recente de Suplicy com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi discutida a participação do senador na campanha da ex-mulher. A presença dele é vista como uma forma de amenizar o efeito que a separação e o segundo casamento da prefeita, com Luis Favre, têm sobre a imagem dela.
Marta disse que a taxa de iluminação pública pode ser suspensa em dois anos. Para ela, prometer a suspensão imediata seria "demagogia". O prazo para a suspensão da taxa leva em conta o tempo estimado pela prefeitura para terminar de levar postes de luz à periferia.
No centro, Alckmin fez questão de demonstrar otimismo em relação à candidatura Serra. "O problema do PSDB sempre foi chegar ao segundo turno. Nunca chegamos ao segundo turno [em São Paulo]. Na minha [candidatura a prefeito em 2000], deu na trave. Faltaram 7.000 votos. Agora vai ser de goleada."
Durante a caminhada, Serra verificou a pressão arterial (10 por 8) e ouviu um repente (música feita de improviso) da dupla Raio do Sol e Pena Branca. O candidato depositou R$ 2 a eles.

Maluf
Na zona norte, o candidato Paulo Maluf (PP) disse que terá um relacionamento "nota dez" com Alckmin e com Lula se for eleito. "Depois da eleição não temos que competir. Temos que trabalhar juntos", afirmou o ex-prefeito, numa crítica à Marta.
Maluf citou o saneamento básico como exemplo de divergência entre o município e o Estado. A prefeitura tenta na Justiça tirar da Sabesp (a companhia de saneamento paulista) o controle do tratamento da água e do sistema de esgoto na capital. "É um lance eleitoreiro", disse ele.


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