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Ex-assessora diz que esquema já existia na Saúde
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO
GRANDE
Acusada de pertencer à
máfia dos sanguessugas,
Maria da Penha Lino, 52,
diz que a quadrilha já estava no Ministério da Saúde
quando ela começou a trabalhar no gabinete do então ministro Saraiva Felipe, em agosto de 2005.
Maria da Penha afirma
que uma funcionária trocava documentos originais, feitos com base numa
tabela de preços, por outros com valores mais altos, beneficiando a Planam. O documento se chama "Anexo 9" e faz parte
dos projetos apresentados
por prefeituras para liberação de verbas destinadas
a compra de ambulâncias
e equipamentos. O projeto
só é aprovado se os preços
relatados no "Anexo 9" estiverem de acordo com a
tabela. Quem elaborava os
projetos era a Planam.
Demitida após ter sido
presa no início de maio, na
Operação Sanguessuga,
Maria da Penha contou a
história em depoimento à
Justiça Federal em junho.
A ex-assessora disse que
revelou o esquema ao chefe do setor responsável, o
que levou à demissão da
funcionária chamada Lana. Procurado pela reportagem, o ministério não
telefonou de volta até o fechamento desta edição.
(HUDSON CORRÊA)
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