São Paulo, terça-feira, 28 de julho de 2009 |
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Painel VERA MAGALHÃES (interina) - painel@uol.com.br Jogando pelo empate
Apesar de alguns discursos inflamados a favor de
uma representação imediata contra José Sarney
(PMDB-AP) no Conselho de Ética do Senado, o comando do PSDB optou ontem por tirar o pé do acelerador. Em São Paulo, Sarney reuniu aliados, entre eles
Renan Calheiros (PMDB-AL), encarregado de telefonar ao presidente tucano, Sérgio Guerra (PE), em
busca do que chamou de "palavra de conciliação". Um
dos argumentos à mesa é o estado de saúde da mulher
de Sarney, Marly. O outro é que uma renúncia de Sarney, sem articulação prévia, alimentaria o apetite do
PT pela cadeira. Não se sabe se o apelo encontrou eco,
mas os tucanos não cravaram a data para a representação, que estaria sob análise da assessoria jurídica. Desabafo. Renan e Wellington Salgado (PMDB-MG) promoveram um almoço de solidariedade a Sarney ontem em São Paulo. Na conversa, o presidente do Senado se queixou da "ingratidão" de certos setores da Casa que hoje se voltam contra ele. Tô fora. O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), conversou rapidamente com Sarney ao telefone. Perguntou da saúde de sua mulher e pronto. Ele tem feito o possível para ficar longe do tiroteio no Senado. Legalistas. A nova linha de defesa de Sarney é que, à luz do direito, as acusações contra o presidente do Senado não param em pé. A explicação nasceu no PMDB do Senado, mas já encontra ecos no Planalto e até na oposição. Contencioso. Um governista lembra uma razão do empenho de Lula em segurar Sarney no cargo: além da CPI da Petrobras para tourear, há uma série de vetos delicados parados na pauta do Congresso. Como não há nome natural à sucessão, o grau de imprevisibilidade é enorme. Conspiração. Empenhados em rastrear o vazamento de conversas da família Sarney, aliados do peemedebista fizeram circular a informação de que um genro de Cristovam Buarque (PDT-DF) é delegado da PF. Marcelo de Oliveira Andrade atua na divisão de combate a crimes financeiros em Brasília, a mesma que investiga Fernando Sarney.
Eu não. Diante das insinuações, Cristovam responde:
"Jamais obtive informação
privilegiada nem recebo nada". E alfineta, numa menção
a Sarney: "Ele é um rapaz sério, que não foi nomeado por
indicação de ninguém, e sim
passou em concurso público". Objeto do desejo. A gravata do ministro José Múcio chamou a atenção de Lula, ao fim da reunião de coordenação. Depois de examiná-la, o presidente pediu: "Dilminha, vê onde o Múcio comprou e dá uma para mim?" Forcinha. Lula, que tem se aproximado do governador de Goiás, Alcides Rodrigues (PP), para enfraquecer o PSDB de Marconi Perillo, determinou em reunião de balanço do Luz para Todos que o governo socorra a companhia energética de Goiás, que está em dificuldades financeiras. Genealogia. O presidente da CPI da Conta de Luz, Eduardo da Fonte (PP-PE), se dedica a um cruzamento de nomes de atuais e ex-diretores da Aneel com a lista de quem trabalha para empresas do setor elétrico.
UTI. Depois da queda no segundo repasse de julho do
FPM (Fundo de Participação
dos Municípios), prefeituras
do Paraná já anunciam que
devem paralisar serviços se
entrar agosto no vermelho.
com SILVIO NAVARRO e LETÍCIA SANDER Tiroteio "O prefeito Kassab não vê problema em fazer um teste à custa da paciência do paulistano." Do vereador JOÃO ANTONIO , líder do PT na Câmara, sobre a afirmação do prefeito Gilberto Kassab (DEM) de que a proibição de circulação de ônibus fretados, que entrou em vigor ontem, pode ser "aperfeiçoada". Contraponto Naturismo eleitoral
Em uma das longas reuniões para discutir o texto da reforma eleitoral, aprovada em 8 de julho pela Câmara, um grupo de deputados debatia o veto ou não ao uso de camiseta de candidatos no dia da eleição. |
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