São Paulo, quinta-feira, 28 de agosto de 2008

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Paulinho pede apoio a sindicatos para Marta vencer já no 1º turno

Investigado pela PF, deputado participou de evento que reuniu sindicalistas ao lado da candidata petista e do vice Aldo Rebelo

Apoio do pedetista é visto com receio porque Paulinho é alvo de investigação sobre pagamento de propina para viabilizar créditos no BNDES


RANIER BRAGON
EM SÃO PAULO

Em evento na noite de ontem que contou com a presença de cerca de mil sindicalistas e trabalhadores, o presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT), disse que Marta Suplicy (PT) pode ganhar definitivamente a disputa no dia 5 de outubro e conclamou os sindicalistas a "não permitir" que haja segundo turno em São Paulo.
Foi a primeira vez desde o início oficial da campanha que Paulinho, como é conhecido, apareceu ao lado de Marta.
O seu apoio é tratado pelos petistas, nos bastidores, como bastante delicado. Apesar de ter assegurado a Marta o PDT e uma central que diz contar com 3,6 milhões de trabalhadores filiados em São Paulo, Paulinho é alvo de investigação que o acusa de receber propina para facilitar empréstimo no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
"Nós temos condições de ganhar no primeiro turno, mas é preciso que cada um arregace as mangas e peça voto. Nós não podemos permitir que se vá para o segundo turno. Taí, tá pertinho, faltam só dois ou três pontos", discursou Paulinho.
Na mesa do evento, ele estava sentado à esquerda de Marta, que tinha à sua direita o candidato a vice, Aldo Rebelo (PC do B). Na pré-campanha, Paulinho participou de pelo menos dois eventos ao lado de Marta.
O deputado é investigado pela Polícia Federal e pelo Conselho de Ética da Câmara. Em depoimento à Câmara no dia 13, o delegado da PF Rodrigo Levin disse ter provas contra Paulinho que o incriminariam por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e crime contra o sistema financeiro. O deputado nega todas as acusações.
Marta tem dito que não trabalha com hipótese de vitória no primeiro turno. No discurso de ontem, ela disse que participava de um momento "inédito". "É a primeira vez que um candidato tem o apoio unido da classe operária do país."


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