|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Yeda diz ao PSDB que não vai desistir da reeleição
Cúpula tucana preferia um acordo com o PMDB para conter o desgaste
Aliados de Serra defendem que Yeda não concorra mais ao governo para evitar que crise no Estado prejudique a campanha nacional tucana
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar das ponderações do
comando do partido, a governadora do Rio Grande do Sul,
Yeda Crusius, manifestou ao
PSDB a disposição de concorrer à reeleição no ano que vem.
A insistência de Yeda -objeto de denúncia do Ministério
Público sob acusação de improbidade administrativa- prejudica a costura de uma aliança
com o PMDB no Estado, onde o
patrimônio eleitoral do governador de SP e potencial candidato à Presidência, José Serra
(PSDB), vem sofrendo abalos
desde o início da crise.
Para conter o desgaste, o
PSDB dá sinais de que pretende
evitar a candidatura de Yeda.
Mas a governadora reiterou à
cúpula partidária, inclusive a
José Serra, a aposta na superação da crise até a eleição.
Yeda esteve terça-feira em
Brasília, onde jantou com integrantes da cúpula do partido.
Na noite de quarta-feira, assinou um convênio com Serra
durante audiência no Palácio
dos Bandeirantes, em SP. Nos
dois encontros, disse acreditar
na recuperação de sua imagem.
Candidatura
"Não tenho a menor dúvida
de que Yeda será candidata",
declarou o secretário municipal de Esportes de SP, Walter
Feldman, que acompanhou a
governadora em São Paulo.
Apontado como um dos únicos defensores de Yeda no partido, o líder do PSDB na Câmara, José Aníbal (SP), afirma que
a discussão sobre palanques no
Estado deve ser postergada para o ano que vem.
No Palácio dos Bandeirantes,
Yeda e Serra assinaram um termo de cooperação para a implantação do Emprega RS, uma
versão do portal de intermediação de mão-de-obra criado em
São Paulo. Acompanhada de fotos de Serra ao lado de Yeda, a
notícia foi exibida no portal do
governo do Rio Grande do Sul
na noite de quarta-feira e atualizada ontem. O encontro não
foi divulgado no portal do governo de São Paulo. Também
não foi aberto à imprensa.
Temendo prejuízos à campanha no Rio Grande do Sul, aliados de Serra defendem que Yeda não concorra à reeleição,
permitindo o apoio à candidatura do prefeito José Fogaça
(PMDB). O comando do partido, porém, quer deixar qualquer movimento para o mês de
outubro. Em todas as conversas, Yeda minimiza a crise.
Texto Anterior: Conflito agrário: Soldado admite que atirou em sem-terra no RS Próximo Texto: Serra envia propaganda de gestão a paulistas Índice
|