São Paulo, quinta-feira, 28 de setembro de 2006

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ELEIÇÕES 2006/ DEBATE

Aécio descarta Alckmin ao não ir a debate

Coordenação tucana de Minas diz que decisão não levou em conta a campanha nacional, foi pautada só na estadual

Estafe do governador cita "regras inadequadas" para justificar falta, porém avalia que sua ida daria ao rival um palanque que ele não tem


PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

A campanha do governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), candidato à reeleição, que não foi ao debate na TV Globo, não considerou a hipótese de que, se tivesse ido, o tucano mineiro poderia ajudar o presidenciável Geraldo Alckmin de alguma maneira. Segundo o deputado federal Nárcio Rodrigues, presidente do PSDB-MG, a decisão de não ir ao debate considerou só a estratégia regional.
"Não teve relação com a questão Alckmin. Foi uma decisão pautada na questão Aécio, mas isso não tira de nós o engajamento pela candidatura do Geraldo", disse Nárcio.
A decisão de não comparecer foi tomada em conjunto com o conselho político da campanha, formado pelos presidentes dos partidos coligados. Em que pese Aécio liderar com bastante folga a disputa em Minas e já se considerar reeleito no primeiro turno, a avaliação foi que as regras do debate eram "inadequadas" e não o ajudariam.
Por regras "inadequadas", entenderam os aliados que o debate foi montado com um formato de segundo turno, já que só o tucano e o petista foram chamados por serem os dois melhores colocados na última pesquisa Datafolha (Aécio, 73%; Nilmário, 12%).
Mas houve outro componente. A campanha tucana considerou que Aécio não tinha nada a ganhar com o debate. Se o governador fosse, estaria dando a Nilmário um palanque que ele não tem, conforme avaliação do estafe tucano.
À TV Globo, o comitê da campanha justificou a ausência aos "ataques" feitos pelo candidato do PT ao longo da campanha. À Folha, o termo empregado foi o "destempero" do adversário.
O que seria um debate virou uma entrevista de 30 minutos, com o petista. "Se ele estivesse aqui, teria feito perguntas diretamente. Como não veio, não achei apropriado questionar a bancada vazia. Acho que aquilo fala por si só", disse Miranda.


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