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Pefelista e petista, favoritos na Bahia, trocam acusações na TV
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
Distanciados nas pesquisas
dos demais candidatos ao governo da Bahia, Paulo Souto
(PFL) e Jaques Wagner (PT)
monopolizaram as atenções
durante o debate promovido
anteontem à noite pela TV Bahia (Rede Globo).
Wagner acusou Souto de dificultar a instalação de uma empresa na Bahia porque o projeto contrariava interesse de
"uma outra empresa, ligada ao
grupo ao qual o senhor serve".
Em resposta, Souto disse que
Wagner não é a pessoa mais recomendável para falar em emprego. "O senhor ficou um ano
como ministro do Trabalho e,
neste período, o país teve os
maiores índices de desemprego
dos últimos 50 anos."
Na busca pelos eleitores indecisos, o pefelista usou seu
tempo no debate para apresentar dados do IBGE que revelam
que a Bahia tem crescido, em
média, mais do que o dobro do
Brasil nos últimos anos.
Wagner creditou o crescimento aos investimentos federais e disse que os baianos estão
cansados da política "excludente" utilizada pelo PFL há 16
anos no Estado.
Também participaram do
debate os candidatos Átila
Brandão (PSC), Hilton Coelho
(PSOL) e Tereza Serra (PSDC).
Ontem, no último programa
eleitoral gratuito dos candidatos ao governo, Souto e Wagner
utilizaram estratégias diferentes: o governador, que lidera a
corrida ao Palácio de Ondina
(residência oficial do governo
baiano) com 48%, de acordo
com o Ibope, apresentou suas
principais propostas econômicas e sociais; Wagner, que tem
31% das intenções de voto, recorreu à popularidade do presidente Lula para pedir votos aos
eleitores.
(LUIZ FRANCISCO)
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