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Setor imobiliário banca 40,7% da campanha no Rio
DA SUCURSAL DO RIO
Construtoras e imobiliárias
bancaram ao menos 40,7% da
campanha à Prefeitura do Rio.
Os 12 candidatos ao cargo declararam ter arrecadado, até o
momento, R$ 8,4 milhões, dos
quais R$ 3,4 milhões saíram de
empresas dos dois setores.
Apesar de a Lei Eleitoral não
exigir, os principais candidatos
divulgaram a identificação dos
doadores antes da prestação de
contas final. Eles foram pressionados sobretudo por Fernando Gabeira (PV) e Chico
Alencar (PSOL), que divulgaram o nome de seus apoiadores
em suas páginas na internet. Só
Marcelo Crivella (PRB), dos
seis primeiros colocados, não
divulgou os valores. Listou apenas quem foram os doadores.
O maior beneficiado é o líder
nas pesquisas, Eduardo Paes
(PMDB): obteve R$ 2,1 milhões
de imobiliárias e construtoras.
Gabeira recebeu R$ 200 mil;
Alessandro Molon, do PT, R$
100 mil; Solange Amaral, do
DEM, R$ 600 mil; e Jandira Feghali, do PC do B, R$ 400 mil.
O ramo imobiliário é um dos
grandes interessados na campanha. Além do crescimento da
zona oeste, está em debate a
permanência das Apacs (Áreas
de Preservação do Ambiente
Cultural) na zona sul carioca.
O fim da preservação de imóveis antigos nos bairros do Leblon, Ipanema e Jardim Botânico é de interesse de empreiteiras e imobiliárias. São escassos os terrenos disponíveis para construções nos bairros
mais valorizados do Rio.
A construtora OAS foi a que
mais se empenhou na campanha. Doou mais de R$ 1,3 milhão -o valor recebido por Crivella não foi divulgado. A Folha
não conseguiu ouvir a empresa
sobre as doações. No fim da
tarde de sexta, o telefone da assessoria da OAS não atendia.
A Carioca Engenharia, que
doou R$ 300 mil para Paes e
um valor não-divulgado para
Crivella, disse que "todas as
doações foram feitas seguindo
a Lei Eleitoral e têm como objetivo contribuir para o aperfeiçoamento do processo democrático". Procurados, o Sinduscon (Sindicato da Indústria
da Construção Civil do Rio) e a
Ademi (Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado
Imobiliário) não quiseram comentar as contribuições.
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