São Paulo, segunda-feira, 28 de outubro de 2002

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Amato prevê "guerra interna" no governo Lula

FREDERICO VASCONCELOS

DA REPORTAGEM LOCAL

Em lados opostos, Mario Amato e Luiz Inácio Lula da Silva comemoraram, cada um, aniversário ontem. A eleição do ex-dirigente sindical para a Presidência da República não era o presente que o ex-dirigente da Fiesp queria ao completar 84 anos.
"A única coisa que nos une é o dia do aniversário", ironiza. Amato personifica o tradicional empresário antipetista. Ele evitou hostilizar o candidato na campanha eleitoral, mas prevê dias difíceis para o presidente eleito.
"Lula enfrentará uma guerra interna em seu governo, embora deva obter um apoio externo mais fácil", diz. "Ele terá que segurar os radicais do PT. Forçosamente terá que se cercar de pessoas de diversos partidos. Senão, não administrará, será um Chávez [presidente da Venezuela]."
"Na Presidência da República, Lula terá que ser "light" como se mostrou na campanha. Se ele mantiver esse comportamento, ótimo, pois não cabe na Presidência o dirigente "combativo" que eu sei que ele é", afirma.


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