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Amato prevê "guerra interna" no governo Lula
FREDERICO VASCONCELOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Em lados opostos, Mario
Amato e Luiz Inácio Lula da
Silva comemoraram, cada
um, aniversário ontem. A
eleição do ex-dirigente sindical para a Presidência da
República não era o presente
que o ex-dirigente da Fiesp
queria ao completar 84 anos.
"A única coisa que nos une
é o dia do aniversário", ironiza. Amato personifica o
tradicional empresário antipetista. Ele evitou hostilizar
o candidato na campanha
eleitoral, mas prevê dias difíceis para o presidente eleito.
"Lula enfrentará uma
guerra interna em seu governo, embora deva obter um
apoio externo mais fácil",
diz. "Ele terá que segurar os
radicais do PT. Forçosamente terá que se cercar de pessoas de diversos partidos.
Senão, não administrará, será um Chávez [presidente da
Venezuela]."
"Na Presidência da República, Lula terá que ser "light"
como se mostrou na campanha. Se ele mantiver esse
comportamento, ótimo,
pois não cabe na Presidência
o dirigente "combativo" que
eu sei que ele é", afirma.
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