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EUA
Análise sobre governo é rotineira, diz nota
Embaixada explica os comunicados sobre PT
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil divulgou ontem, em
Brasília, uma nota na qual afirma
ser rotineira a análise de diplomatas sobre acontecimentos no
local onde estão morando e o impacto para seu país de origem.
Assinada pelo adido de imprensa Wesley Carrington, a nota foi
feita devido à reportagem publicada anteontem pelo jornal "O
Globo", relatando que comunicados da embaixada norte-americana ao Departamento de Estado
mostravam preocupação com a
eleição do PT à Presidência.
O jornal carioca teve acesso a
112 comunicados feitos pela embaixada sobre o Partido dos Trabalhadores. Eles mostram como
o governo dos Estados Unidos
acompanhou as eleições presidenciais de 1994, 1998 e 2002
-três das quatro disputadas por
Luiz Inácio Lula da Silva.
Do total de documentos, segundo o jornal, 33 foram parcialmente censurados sob o argumento
de resguardar interesse nacional
ou privacidade pessoal.
"Os diplomatas, assim como os
jornalistas, rotineiramente relatam e fazem comentários sobre o
que está ocorrendo em suas áreas
de atuação. Não deve ser surpresa
para ninguém o fato de as embaixadas tentarem analisar tais
acontecimentos nas regiões onde
se hospedam para determinar seu
impacto em seus países de origem", diz a nota de ontem.
De acordo com a embaixada, os
comunicados "refletem observações e análises feitas sobre acontecimentos e tendências em determinado período".
Afirmando que nenhum documento teria comentário específico, a nota informa ainda que o
"Brasil é um parceiro essencial"
no hemisfério Sul.
Entre os comunicados obtidos
pelo "Globo" está um que trata da
ação movida por PT, PC do B e
PSB no Supremo Tribunal Federal contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, em maio de 2002.
Após lembrar os dois encontros
entre Lula e o presidente George
W. Bush na Casa Branca, a embaixada encerra a nota dizendo
que continua empenhada "em
um diálogo sério e substantivo
em todos os níveis de governo",
com a meta de promover interesses comuns dos dois países.
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