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ORÇAMENTO
Objetivo é não sobrecarregar nenhuma pasta
Relator diz que corte para saúde deve ser "pulverizado" entre ministérios
RANIER BRAGON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O relator do Orçamento de
2004, deputado federal Jorge Bittar (PT-RJ), reúne-se hoje com a
equipe técnica da Comissão Mista
de Orçamento do Congresso para
definir como será feito o corte nos
gastos. Isso permitirá uma injeção
de mais R$ 3,5 bilhões no montante previsto para a saúde no ano
que vem.
Segundo ele, a idéia é "pulverizar ao máximo" a redução nos
gastos de outros ministérios.
Bittar disse que a "pulverização" é necessária para não sobrecarregar áreas específicas. É quase
certo que os investimentos em infra-estrutura (que envolvem vários ministérios) serão afetados.
O acréscimo de R$ 3,5 bilhões
na saúde se deve ao recuo do governo, que incluiu no orçamento
da saúde gastos relativos a obras
de saneamento e programas de
combate à miséria.
Bittar acenou com a possibilidade de que programas de transferência de renda destinados a
crianças desnutridas sejam mantidos no rol de gastos com saúde.
Além disso, cerca de R$ 750 milhões relativos às emendas que os
parlamentares têm direito a fazer
devem ser computados na nova
conta da saúde.
A polêmica sobre a questão tem
paralisado a autorização de créditos suplementares a ministérios.
Outro ponto de discórdia é relativo à forma como deputados e
senadores dividirão os R$ 2,5 bilhões reservados às emendas parlamentares. Senadores querem
que cada bancada estadual do Senado possa apresentar uma
emenda. Os deputados são contra, porque perderiam poder político nas bases.
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