São Paulo, sexta-feira, 28 de outubro de 2005

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CASO GTECH

Jereissati diz que presidente da Caixa foi malandro em renovação de contrato

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA

O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) acusou ontem o presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, de ter agido como "malandro" na renovação de contrato com a multinacional GTech em 2003 para operação das loterias, em sessão da CPI dos Bingos onde também eram ouvidos os ex-presidentes da Caixa Sérgio Cutolo e Emílio Carazzai.
Jereissati perguntou a Mattoso se dois diretores da Caixa que negociaram com a GTech em 2003 entendiam de jogos. Irônico, Mattoso respondeu que eles sempre jogavam em loterias.
"Eles fizeram um dos piores negócios da história da Caixa. Até este momento, eu estava achando que era pura incompetência de Vossa Senhoria. Agora estou começando a desconfiar que não foi incompetência. A maneira como está me respondendo me parece uma maneira de malandro."
A senadora Ideli Salvatti (PT-SC) quis intervir. Jereissati rebateu de pronto: "A senhora não tem condições de criticar porque a senhora até pessoas mortas ofendeu. Fique calada". Ele se referia ao ex-senador tucano José Richa, morto em 2003.
Ideli havia citado Richa como suposto lobista da GTech, ao mencionar suposta interferência política na administração de Carazzai no governo Fernando Henrique. Carazzai respondeu que nunca houve interferência.
Jereissati afirmou que a "GTech teve o maior lucro de sua história graças ao negócio feito" por Mattoso. A estatal rebateu em nota, informando que em 2003 passou a pagar R$ 329,8 milhões por ano à GTech. No governo anterior o valor era de R$ 400,3 milhões.


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