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CASO GTECH
Jereissati diz que presidente da Caixa foi malandro em renovação de contrato
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA
O senador Tasso Jereissati
(PSDB-CE) acusou ontem o presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, de ter agido
como "malandro" na renovação
de contrato com a multinacional
GTech em 2003 para operação das
loterias, em sessão da CPI dos
Bingos onde também eram ouvidos os ex-presidentes da Caixa
Sérgio Cutolo e Emílio Carazzai.
Jereissati perguntou a Mattoso
se dois diretores da Caixa que negociaram com a GTech em 2003
entendiam de jogos. Irônico, Mattoso respondeu que eles sempre
jogavam em loterias.
"Eles fizeram um dos piores negócios da história da Caixa. Até
este momento, eu estava achando
que era pura incompetência de
Vossa Senhoria. Agora estou começando a desconfiar que não foi
incompetência. A maneira como
está me respondendo me parece
uma maneira de malandro."
A senadora Ideli Salvatti (PT-SC) quis intervir. Jereissati rebateu de pronto: "A senhora não
tem condições de criticar porque
a senhora até pessoas mortas
ofendeu. Fique calada". Ele se referia ao ex-senador tucano José
Richa, morto em 2003.
Ideli havia citado Richa como
suposto lobista da GTech, ao
mencionar suposta interferência
política na administração de Carazzai no governo Fernando Henrique. Carazzai respondeu que
nunca houve interferência.
Jereissati afirmou que a "GTech
teve o maior lucro de sua história
graças ao negócio feito" por Mattoso. A estatal rebateu em nota,
informando que em 2003 passou
a pagar R$ 329,8 milhões por ano
à GTech. No governo anterior o
valor era de R$ 400,3 milhões.
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