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ELEIÇÕES 2006 / PRESIDÊNCIA
Alckmin diz que a mentira é "marca" do presidente
Tucano criticou o programa que prevê a concessão de rodovias à iniciativa privada
"Falaram de privatização e agora estão anunciando que vão privatizar estradas. Não há compromisso com a verdade", afirma tucano
TALITA FIGUEIREDO
DA SUCURSAL DO RIO
Numa rápida análise do que
foi a campanha de seu adversário, o petista Lula, presidenciável Geraldo Alckmin disse que a
marca de Lula foi "a mentira".
Alckmin criticou ainda a declaração do governador da Bahia,
Jaques Wagner (PT), que disse,
na segunda, que ao réu é dado o
direito de mentir na justiça.
"O governador da Bahia disse
que o PT pode mentir. Não é
possível fazer política dessa
forma", analisou ele, logo depois de chegar ao Rio de Janeiro para o debate de ontem à
noite na Rede Globo.
Ele censurou ainda o anúncio do plano de transportes petista que prevê a concessão de
exploração de rodovias federais
à iniciativa privada.
"A marca da campanha do
Lula e do PT é a mentira. Veja
que hoje está nos jornais que
ele vai privatizar as estradas.
Falaram de privatização e agora estão anunciando que vão
privatizar estradas. É tudo para
ganhar votos, não há compromisso com a verdade."
Alckmin disse, no entanto,
não achar "errada" a privatização das estradas e retrucou dizendo que o PSDB não fez privatização, mas concessão e PPP
(Parceria Público Privada).
Ao comentar a pergunta de
um eleitor, sobre o suposto "loteamento da floresta Amazônica pelas multinacionais, ele voltou a usar a palavra privatização. "Acho que é a privatização
da Amazônia, uma área 12 vezes superior ao estado do Acre.
É um absurdo", disse.
Mesmo com 20 pontos percentuais em todas as pesquisas,
o candidato disse que ainda
acredita na vitória porque, "do
ponto de vista ético, o Brasil pode ter um governo sério".
"O que vale é a eleição, que é
domingo. Nós ainda vamos
conversar [com eleitores],
mostrar que o Brasil não pode
perder tempo. O país precisa
ter um governo ético, precisa
ter um governo eficiente, que
os serviços públicos melhores",
afirmou Alckmin.
Como tem feito quase diariamente, o candidato voltou a criticar a demora da Polícia Federal em apontar de onde saiu o
R$ 1,7 milhão que serviria para
pagar um dossiê contra o tucano José Serra, eleito prefeito da
cidade de São Paulo.
Preparação
Ao deixar o aeroporto Santos
Dumont, no centro do Rio,
Alckmin seguiu para um hotel
na Barra da Tijuca, onde passou
a tarde se preparando para o
debate de ontem à noite.
"Preparação, são trinta anos,
não adianta estudar em véspera
de prova. São experiências acumuladas como prefeito, deputado, governador, co-piloto do
Mário Covas, que foi um bom
comandante", afirmou.
Ele estava acompanhado da
mulher, Lu Alckmin, e dos três
filhos Sophia, Geraldo e Thomaz. A previsão da agenda do
candidato era de que ele dormiria no hotel no Rio. Hoje fará
caminhada no Rio e volta, à tarde, para São Paulo.
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