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Em festa de aniversário, petista diz que não espera "golpe baixo"
Presidente comemora 61 anos e diz que "povo brasileiro" não pode ser manipulado
Sérgio Lima/Folha Imagem
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A primeira-dama Marisa Letícia dá bolo a Luiz Inácio Lula da Silva na comemoração do aniversário de 61 anos do presidente |
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A comemoração do aniversário de 61 anos do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva ontem
de manhã se transformou em
seu último evento de campanha em Brasília, em uma festa
organizada pelo PT em frente
ao Palácio da Alvorada, com bolo, bandeiras e 500 militantes.
Lula chegou a ser questionado, durante a comemoração, se
ele temia um "golpe baixo" da
oposição na reta final da campanha. Ele afirmou que "não há
mais espaço" para golpes baixos. "O povo brasileiro está
consciente do que está acontecendo com a política nacional."
Afirmou que as cartas que tem
recebido "de pessoas mais humildes" o levam a crer que "elas
não podem ser manipuladas
em hipótese alguma".
De agasalho, Lula caminhou
os 300 metros que separam o
palácio da portaria da residência. De bom humor, abraçou
crianças, soprou as velas e cumprimentou um a um os presentes que se espremiam atrás de
grades. "Se Deus me ajudar a
atingir a idade do Oscar Niemeyer, da dona Canô [mãe de Caetano Veloso], da Maria Amélia,
mãe do Chico Buarque, ou seja,
pessoas que já passaram dos
90. Então eu fico imaginando,
será que Deus vai me permitir
chegar lá? Se me permitir, serei
agradecido pelo resto da vida".
Na hora do parabéns, Lula
segurou uma criança no colo
para soprar as velas do bolo redondo de morango, de dez quilos, com estrelas vermelhas do
PT nas laterais e um coração
vermelho em cima, com o número 13 em verde-amarelo. O
petista "regeu" o coro de parabéns. A seguir a claque mais
próxima de Lula começou a
cantar "Lula guerreiro do povo
brasileiro". Alguns se empolgavam mais, como Gilberto Carvalho, chefe-de-gabinete e amigo do presidente há 30 anos.
Outros eram mais contidos, como Márcio Thomaz Bastos
(Justiça), que não cantou.
O presidente percorreu então as grades que isolavam os
militantes da tenda onde foi armado o bolo. Por 20 minutos,
cumprimentou praticamente
um a um os presentes. Segurava crianças no colo, autografava
bandeiras e beijava as pessoas.
"De repente o tempo passou
e eu estou com 61 anos de idade
e estou vivendo um momento
importante na minha vida, um
momento de consolidação da
família, de consolidação da política brasileira, de esperança
do Brasil. Então eu estou feliz,
estou feliz e sobretudo a surpresa que eu tive quando ouvi
muito barulho [quando estava
dentro do Alvorada]."
(PEDRO DIAS LEITE E EDUARDO SCOLESE)
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