São Paulo, sábado, 28 de outubro de 2006

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Em festa de aniversário, petista diz que não espera "golpe baixo"

Presidente comemora 61 anos e diz que "povo brasileiro" não pode ser manipulado

Sérgio Lima/Folha Imagem
A primeira-dama Marisa Letícia dá bolo a Luiz Inácio Lula da Silva na comemoração do aniversário de 61 anos do presidente


DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A comemoração do aniversário de 61 anos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ontem de manhã se transformou em seu último evento de campanha em Brasília, em uma festa organizada pelo PT em frente ao Palácio da Alvorada, com bolo, bandeiras e 500 militantes.
Lula chegou a ser questionado, durante a comemoração, se ele temia um "golpe baixo" da oposição na reta final da campanha. Ele afirmou que "não há mais espaço" para golpes baixos. "O povo brasileiro está consciente do que está acontecendo com a política nacional." Afirmou que as cartas que tem recebido "de pessoas mais humildes" o levam a crer que "elas não podem ser manipuladas em hipótese alguma".
De agasalho, Lula caminhou os 300 metros que separam o palácio da portaria da residência. De bom humor, abraçou crianças, soprou as velas e cumprimentou um a um os presentes que se espremiam atrás de grades. "Se Deus me ajudar a atingir a idade do Oscar Niemeyer, da dona Canô [mãe de Caetano Veloso], da Maria Amélia, mãe do Chico Buarque, ou seja, pessoas que já passaram dos 90. Então eu fico imaginando, será que Deus vai me permitir chegar lá? Se me permitir, serei agradecido pelo resto da vida".
Na hora do parabéns, Lula segurou uma criança no colo para soprar as velas do bolo redondo de morango, de dez quilos, com estrelas vermelhas do PT nas laterais e um coração vermelho em cima, com o número 13 em verde-amarelo. O petista "regeu" o coro de parabéns. A seguir a claque mais próxima de Lula começou a cantar "Lula guerreiro do povo brasileiro". Alguns se empolgavam mais, como Gilberto Carvalho, chefe-de-gabinete e amigo do presidente há 30 anos. Outros eram mais contidos, como Márcio Thomaz Bastos (Justiça), que não cantou.
O presidente percorreu então as grades que isolavam os militantes da tenda onde foi armado o bolo. Por 20 minutos, cumprimentou praticamente um a um os presentes. Segurava crianças no colo, autografava bandeiras e beijava as pessoas.
"De repente o tempo passou e eu estou com 61 anos de idade e estou vivendo um momento importante na minha vida, um momento de consolidação da família, de consolidação da política brasileira, de esperança do Brasil. Então eu estou feliz, estou feliz e sobretudo a surpresa que eu tive quando ouvi muito barulho [quando estava dentro do Alvorada]."
(PEDRO DIAS LEITE E EDUARDO SCOLESE)


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