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Bastos afirma que as eleições não serão decididas no "tapetão"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Dizendo não acreditar na
possibilidade de crime eleitoral
da candidatura do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva por
conta do dossiegate, o ministro
Márcio Thomaz Bastos (Justiça) ironizou ontem eventuais
tentativas de a oposição contestar judicialmente um eventual segundo mandato petista.
"É a vontade [da oposição]
que aconteça alguma coisa. E
não se pode esperar demais da
natureza humana. As pessoas
que se acostumaram a ganhar a
vida toda a eleição, e governam
o país há centenas de anos, agora estão vendo que vão ser derrotadas. E derrotadas de novo
numa eleição que elas consideravam ganha", disse o ministro.
Em entrevista em frente ao
Palácio da Alvorada, após participar da comemoração de 61
anos do presidente, o ministro
falou sobre o andamento das
investigações da Polícia Federal sobre o escândalo do dossiê.
Em meio às explicações, entrou
no clima eleitoral.
O tucano Geraldo Alckmin,
adversário de Lula, critica a
"demora" da PF para informar
a origem do dinheiro do dossiê
contra políticos do PSDB.
Ontem, o ministro afirmou
que ainda é cedo para dizer se o
dinheiro usado veio ou não de
um suposto caixa dois na campanha nacional petista.
"O dinheiro que não está no
banco normalmente é caixa
dois. Essa pista pode estar certa, ontem [anteontem] o doutor Paulo Lacerda [diretor-geral da PF] me comunicou sobre
isso. Pode estar certa e pode
não estar certa."
Na semana passada, em entrevista à Folha, Lula afirmou
questionar a origem do dinheiro: "Duvido que seja [dinheiro]
da minha campanha".
(EDUARDO SCOLESE E PEDRO DIAS LEITE)
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