São Paulo, sábado, 28 de outubro de 2006

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Bastos afirma que as eleições não serão decididas no "tapetão"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Dizendo não acreditar na possibilidade de crime eleitoral da candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por conta do dossiegate, o ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) ironizou ontem eventuais tentativas de a oposição contestar judicialmente um eventual segundo mandato petista.
"É a vontade [da oposição] que aconteça alguma coisa. E não se pode esperar demais da natureza humana. As pessoas que se acostumaram a ganhar a vida toda a eleição, e governam o país há centenas de anos, agora estão vendo que vão ser derrotadas. E derrotadas de novo numa eleição que elas consideravam ganha", disse o ministro.
Em entrevista em frente ao Palácio da Alvorada, após participar da comemoração de 61 anos do presidente, o ministro falou sobre o andamento das investigações da Polícia Federal sobre o escândalo do dossiê. Em meio às explicações, entrou no clima eleitoral.
O tucano Geraldo Alckmin, adversário de Lula, critica a "demora" da PF para informar a origem do dinheiro do dossiê contra políticos do PSDB.
Ontem, o ministro afirmou que ainda é cedo para dizer se o dinheiro usado veio ou não de um suposto caixa dois na campanha nacional petista.
"O dinheiro que não está no banco normalmente é caixa dois. Essa pista pode estar certa, ontem [anteontem] o doutor Paulo Lacerda [diretor-geral da PF] me comunicou sobre isso. Pode estar certa e pode não estar certa."
Na semana passada, em entrevista à Folha, Lula afirmou questionar a origem do dinheiro: "Duvido que seja [dinheiro] da minha campanha".
(EDUARDO SCOLESE E PEDRO DIAS LEITE)


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