São Paulo, terça-feira, 28 de outubro de 2008 |
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Painel RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br Missão número 1
Ainda que venha a aceitar de bom grado novos cargos, a prioridade do robustecido PMDB no momento
não é reivindicá-los, e sim garantir o comando das Casas do Congresso no biênio final de Lula. Veja bem. Em privado, Lula tem dito que até topa o PMDB à frente das duas Casas, em especial se o presidente do Senado for José Sarney. O problema, diz, é o PT. Caldo. Também a oposição ameaça o projeto petista de colocar Tião Viana na presidência do Senado. Hoje, em reunião da Executiva do PSDB, uma ala tucana defenderá o apoio a Sarney. Não pode parar. Encerrada a campanha, o PT busca um veículo para manter a presidenciável Dilma Rousseff em evidência. Trata-se de uma série de debates que, a partir do primeiro semestre de 2009, discutirá programa de governo para o pós-Lula. Por que não? O DEM nada dirá em público, mas vários de seus dirigentes acham que Guilherme Afif pode bem ser opção para liderar uma chapa demo-tucana em São Paulo, caso José Serra deixe o cargo para disputar o Planalto. Quebra-cabeça. Eduardo Paes (PMDB) quer Jandira Feghali (PC do B) no secretariado do Rio. Mas a Saúde, que ela almeja, deve ser dada a alguém afinado com o governador Sérgio Cabral e o ministro José Temporão. No PT, que também terá pasta, o nome mais cotado é o do deputado estadual Gilberto Palmares. Camuflado. Pedro Paulo, anunciado secretário da Casa Civil de Paes, é tucano só no nome. Não migrou para o PMDB apenas por causa da fidelidade imposta pelo TSE. Rédea curta. O prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT), manterá o olho na transição para Marcio Lacerda (PSB). Na coordenação estarão seus secretários Jorge Nahas (Política Social) e Mário Assad (Assuntos Institucionais), que participaram da campanha vencedora. No time. José Fortunati (PDT), vice na chapa do reeleito José Fogaça, chefiará secretaria especial destinada a tocar o projeto da Copa-2014 em Porto Alegre. Além disso, está cotado para ocupar a pasta do Planejamento. Saldo. O PSDB perdeu em Londrina, mas o tucano Beto Richa saiu ganhando. Seja por ter o apoio do eleito, Antonio Belinatti (PP), seja porque a derrota de Luiz Carlos Hauly é também do senador Álvaro Dias, que disputa com o prefeito de Curitiba a vaga de candidato a governador. Tombo. Aliados de Blairo Maggi (PR-MT) avaliam que o governador, derrotado em Cuiabá e Rondonópolis, terá dificuldade em fazer de Luiz Pagot, hoje no comando do Dnit, seu sucessor. Onde pega. PSDB e DEM reúnem suas bancadas hoje no Senado para propor ajustes na MP 443. No caso dos "demos", foi acertada a apresentação de emenda que impede a Caixa de comprar empresas -leia-se, construtoras- em crise. Os "liberais" preferem socorro do Tesouro. Cabo de guerra. Enquanto o PMDB tenta emplacar Rocha Loures (PR), o PT tentará fazer do deputado Pepe Vargas (RS), que redigiu o parecer do projeto da nova CPMF, como relator da MP anticrise na Câmara. com FÁBIO ZANINI e SILVIO NAVARRO
Tiroteio
Contraponto
Ainda no primeiro turno, Márcio Fortes participou de
evento de campanha no município baiano de Jequié. Como de hábito, o ministro das Cidades retornou a Brasília
com os bolsos recheados de envelopes contendo pedidos
de eleitores. Ao abrir um deles, porém, tomou um susto:
havia R$ 90, uma certidão de óbito e uma guia de sepultamento. Diante do que lhe pareceu uma ameaça velada, pediu a um assessor que investigasse o caso. |
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