São Paulo, terça-feira, 28 de outubro de 2008

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Marinho diz que status de ex-ministro o fortaleceu

ADRIANO CEOLIN
EM SÃO BERNARDO DO CAMPO

O prefeito eleito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, afirmou ontem que o fato de ter sido ministro no governo Luiz Inácio Lula da Silva ajudou-o a conquistar financiamento para a sua campanha, cujo orçamento previsto era de R$ 15 milhões.
"Fui ministro de Estado e as pessoas analisaram a qualidade do meu trabalho", afirmou o prefeito eleito, em entrevista à Folha. Aos 49 anos, com dois filhos e uma neta, Marinho pretende tirar uns dias de folga antes de iniciar a transição com o prefeito Willian Dib (PSB).

 

FOLHA - Como o senhor conseguiu mostrar para a sociedade que é mais do que um sindicalista?
LUIZ MARINHO
- Eu presidi o sindicato num momento de mudança no relacionamento. Isso não é só responsabilidade minha exclusiva. É do time, mas é também da cabeça do empresariado. Na época do Lula não havia esse espaço com esses empresários. Os enfrentamentos das décadas de 80 e 90 levaram a conclusão das partes de que era preciso dialogar mais.

FOLHA - A sua campanha ficou conhecida como uma das mais caras do país e recebeu apoio de empresários de fora de São Bernardo. A colagem da sua imagem com a do Lula facilitou o financiamento?
MARINHO
- Não sou só o amigo do presidente. Tem tanta gente que fala que é amigo do presidente e [os empresários] não estão nem aí. Fui ministro de Estado. As pessoas analisaram a qualidade do meu trabalho como ministro e dirigente sindical. E muita gente faz o seguinte: "esse moço tem uma estrada para navegar". Tem muita [gente] que me apoiava por essa razão. [Essas pessoas] não têm muitas vezes nem relação com a cidade e falaram "pelo o que você representa, pelo que você fez nós vamos te apoiar".

FOLHA - Mas uma palavra do Lula dizendo "esse é o meu candidato" também ajuda, não é mesmo?
MARINHO
- É possível que sim.
O presidente estava me apoiando pessoalmente. A história da campanha milionária tem de ser relativizada. Se olhar o que o meu adversário [Orlando Morando, do PSDB] teve... Ele gastou muito mais do que eu. E não contabilizado.


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