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IMPRENSA
Agressão a jornalista no RS é criticada
DA AGÊNCIA FOLHA,
EM PORTO ALEGRE
A Abraji (Associação
Brasileira de Jornalismo
Investigativo) e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do
Sul condenaram a agressão sofrida pelo correspondente da Folha em
Porto Alegre, Graciliano
Rocha. Ele foi agredido
por apoiadores do prefeito
reeleito José Fogaça
(PMDB) no domingo.
Em nota, a Abraji classificou o ataque como
"atentado à liberdade de
expressão e à democracia
brasileira" e pediu a investigação do caso e a punição
dos agressores. Também
cobrando a elucidação do
caso, o Sindicato dos Jornalistas gaúcho disse em
nota que o ataque teve como "objetivo de cercear a
liberdade de informar".
A agressão ocorreu
quando o repórter saía do
comitê de Fogaça, após o
cancelamento de uma entrevista com o prefeito. O
jornalista foi atacado a socos e pontapés por militantes da campanha, ainda
não identificados. O caso
foi registrado na 10ª Delegacia da Polícia Civil de
Porto Alegre. A coordenação da campanha de Fogaça também emitiu nota lamentando o episódio.
Antes do ataque, um dos
agressores, que viu o crachá do jornal, o ameaçou
por causa de reportagens
de sua autoria. No sábado,
a Folha publicou reportagem sobre o pagamento de
indenizações a moradores
da periferia pela prefeitura durante a campanha.
O PT, que foi derrotado
na eleição, ingressou com
um pedido de investigação
da Justiça Eleitoral por
suposto abuso de poder
político e compra de votos. A representação está
sendo analisada.
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