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Marina diz que é contra aborto, mas defende plebiscito
DE WASHINGTON
A senadora Marina Silva,
pré-candidata do PV à Presidência, defendeu a realização
de um plebiscito para decidir
mudanças sobre a atual legislação brasileira do aborto. Dizendo-se contra a prática, ela falou
que o tema deve ser debatido
durante a campanha presidencial de 2010 para que as pessoas
tenham mais informações.
"Se me perguntam se sou favorável ao aborto, digo que não,
mas a legislação que está aprovada deve ser cumprida, e as
mudanças que vão acontecer
não dependem do Executivo,
mas do Legislativo", disse ontem, último dia de sua visita a
Washington, onde discutiu temas ambientais. "No caso do
aborto, como envolve aspectos
filosóficos espirituais, se deve
fazer um plebiscito."
Marina voltou a atacar a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), sem citá-la nominalmente:
"Não gosto de uma posição que
tenta vitimizar o gênero, porque às vezes se faz uma coisa
inadequada e imediatamente
se tenta escudar na condição de
gênero, "estão dizendo isso porque eu sou mulher". Não, mulher ou homem, tem de fazer as
coisas da forma correta", falou.
Marina se referia à afirmação
de Dilma, de que as críticas que
sofre por viajar pelo país para
inaugurar obras do PAC revelam preconceito contra as mulheres. Marina disse, porém, já
ter sofrido preconceito religioso: "Já encarei algumas situações de preconceito em relação
a minha fé, situações bastante
estranhas, [como] alguém dizer: "Eu achava você uma pessoa tão inteligente, mas agora
que vejo que é evangélica'".
Marina voltou a dizer que
nunca defendeu o ensino do
criacionismo nas escolas, ao lado da teoria da evolução: "A minha posição espiritual faz uma
separação entre aquilo que é o
Estado laico e as preferências
religiosas das pessoas. A democracia religiosa só se pode realizar dentro de um Estado laico".
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