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Aécio exige que PSDB defina seu candidato até dezembro
Tucano mineiro diz que não pode esperar mais e ameaça lançar candidatura ao Senado
Em São Paulo, Serra diz que ninguém o procurou para cobrar uma definição e não comenta ultimato de Aécio: "Esse tititi não leva a nada"
Fred Chalub - 12.out.09/Folha Imagem
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O governador Aécio Neves após jantar com Fernando Henrique
VALDO CRUZ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
LETÍCIA SANDER
DO PAINEL, EM BRASÍLIA
O governador Aécio Neves
(PSDB-MG) disse ontem que
lançará sua candidatura ao Senado em janeiro se seu partido
não decidir, até dezembro, qual
será o candidato à Presidência.
"Se o partido em dezembro
ainda não tiver decidido seu
candidato a presidente, seja por
prévias ou não, eu sou candidato ao Senado já a partir de janeiro. Não posso esperar. Preciso então cuidar de Minas",
disse, após almoçar com o presidente do DEM, Rodrigo Maia.
Aécio disse que tinha obrigação de informar a Maia da decisão de só esperar até o fim do
ano: "Eu disse a mesma coisa
aos meus colegas tucanos na
semana passada" , afirmou, numa referência ao seu encontro
com o presidente do PSDB,
Sérgio Guerra, e com o ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso, em São Paulo.
Após o almoço, Maia -que
tem dado declarações de apoio
à candidatura de Aécio à Presidência- afirmou que o mineiro
"está dando o seu timing". "Ele
não pode esperar até março.
Pode ser muito tarde."
Na avaliação do democrata,
Aécio está "candidatíssimo",
mas avalia que, se for concorrer
à Presidência, precisa se lançar
já no início de 2010 para se tornar mais conhecido e construir
alianças com outros partidos,
inclusive da base aliada a Lula.
Rodrigo Maia disse que o mineiro teria condições de tirar
partidos governistas da aliança
da pré-candidata petista Dilma
Rousseff, mas precisaria iniciar
esse trabalho de agregar apoios
no início do próximo ano.
Aécio tem mantido contatos
com PSB, PDT e PTB e acredita
que poderia, inclusive, mudar a
posição dos peemedebistas,
que firmaram um pré-compromisso com a candidata de Lula.
O anúncio de que lançará sua
candidatura ao Senado em janeiro, no caso de indefinição
sobre a candidatura presidencial tucana, faz parte da estratégia do governador mineiro de
forçar um posicionamento oficial da parte do governador de
SP, José Serra, que tem evitado
assumir publicamente sua candidatura à sucessão de Lula.
O governador paulista gostaria de esperar até março para
lançar sua candidatura a presidente. Tem sido pressionado a
antecipar sua decisão tanto por
tucanos como por democratas,
que repetirão a aliança de 2006
para disputar a Presidência.
Disposto a empurrar a decisão para março, o governador
José Serra disse ontem que
ninguém o procurou pessoalmente nem por telefone para
cobrar o anúncio de sua candidatura a presidente: "Não tenho recebido cobrança pessoalmente", disse Serra, após a
inauguração do escritório da
CNI (Confederação Nacional
da Indústria) em São Paulo.
Apresentando-se como sua
seguidora no twitter, uma jornalista de Pernambuco perguntou sobre a pressão que sofre
para que se manifeste até dezembro: "Não vou voltar a esse
assunto. Estou preocupado
com a gestão administrativa de
São Paulo", alegou Serra.
Questionado, à chegada, sobre as declarações de Aécio,
Serra não quis se manifestar:
"Esse tititi não leva a nada".
Colaborou CATIA SEABRA, da Reportagem Local
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