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Concentração de renda ainda é muito grande
DA SUCURSAL DO RIO
O Brasil permanece como um dos países mais desiguais do mundo, mas a
queda de 2000 a 2005 no
índice de Gini -que mede
a concentração de renda-
faz com que, aos poucos, o
Brasil vá se afastando dos
países que lideram esse
ranking negativo.
Há cinco anos, quando o
Pnud divulgou seu Relatório de Desenvolvimento
Humano de 2002 -com
dados até o ano de 2000-,
o Brasil tinha um indicador de desigualdade de
renda inferior apenas ao
de cinco países africanos.
O índice de Gini em
2000 estava em 0,607.
Cinco anos depois, caiu
para 0,570 -quanto mais
próximo de 1, mais desigual. Foi uma redução tímida, mas suficiente para
o país perder cinco posições no ranking. Hoje, países como Namíbia, África
do Sul, Bolívia e Haiti
apresentam padrão de
concentração de renda
pior do que o brasileiro.
Mas, se forem comparados apenas as nações de alto desenvolvimento humano, o país apresenta a
maior desigualdade medida pelo índice de Gini. O
país menos desigual é o Japão (índice 0,249).
Na avaliação de Kevin
Watkins, diretor do escritório do Relatório de Desenvolvimento Humano
do Pnud, a tendência de
queda da desigualdade
brasileira é robusta e isso
tem tido impacto também
na redução da pobreza.
"O país está se movendo
na direção certa, mas ainda há um longo caminho a
percorrer", diz Watkins.
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