São Paulo, quarta-feira, 28 de novembro de 2007

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Concentração de renda ainda é muito grande

DA SUCURSAL DO RIO

O Brasil permanece como um dos países mais desiguais do mundo, mas a queda de 2000 a 2005 no índice de Gini -que mede a concentração de renda- faz com que, aos poucos, o Brasil vá se afastando dos países que lideram esse ranking negativo.
Há cinco anos, quando o Pnud divulgou seu Relatório de Desenvolvimento Humano de 2002 -com dados até o ano de 2000-, o Brasil tinha um indicador de desigualdade de renda inferior apenas ao de cinco países africanos.
O índice de Gini em 2000 estava em 0,607. Cinco anos depois, caiu para 0,570 -quanto mais próximo de 1, mais desigual. Foi uma redução tímida, mas suficiente para o país perder cinco posições no ranking. Hoje, países como Namíbia, África do Sul, Bolívia e Haiti apresentam padrão de concentração de renda pior do que o brasileiro.
Mas, se forem comparados apenas as nações de alto desenvolvimento humano, o país apresenta a maior desigualdade medida pelo índice de Gini. O país menos desigual é o Japão (índice 0,249).
Na avaliação de Kevin Watkins, diretor do escritório do Relatório de Desenvolvimento Humano do Pnud, a tendência de queda da desigualdade brasileira é robusta e isso tem tido impacto também na redução da pobreza.
"O país está se movendo na direção certa, mas ainda há um longo caminho a percorrer", diz Watkins.


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