São Paulo, sexta-feira, 28 de novembro de 2008

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Outro lado

Contratos são da gestão passada, diz Fundação

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Funasa (Fundação Nacional de Saúde) disse ontem que irá analisar as denúncias do Ministério Público Federal de Santa Catarina e do Paraná, mas ressaltou que os convênios com a ONG Projeto Rondon foram firmados na gestão passada.
A coordenadora da ONG, Cleide Maria Marques Grando, negou as irregularidades e disse que a entidade atende todas as aldeias previstas nos convênios com a Funasa. Segundo ela, ao contrário do que diz o procurador Celso Três, a ONG tem uma equipe de profissionais qualificados para atender os índios e que não há objeção em se quebrar os sigilos da entidade.
Sobre os municípios citados no relatório do procurador como não atendidos pela ONG, ela disse que cada um tem sua "especificidade" e recomendou ao procurador que "leia os contratos".
Sobre a denúncia envolvendo a Funasa no Paraná, o órgão informou que decidiu, após ser procurado pelo Folha, afastar por 60 dias o coordenador Regional no Paraná, Vinícius Reali Paraná e abrir processo administrativo disciplinar contra ele e Sérgio Esteliodoro Pozzeti, ex-chefe do Distrito Sanitário Especial Indígena.
A Funasa também decidiu recomendar ao Ministério da Saúde que revogue a portaria de 2005 que criou o Distrito Sanitário Especial Indígena do Paraná. Com relação aos valores repassados à ONG, a Funasa não informou até o fechamento desta edição quanto foi pago à entidade.
Antes de a Funasa tomar a decisão de afastá-lo, Paraná disse à Folha que não tinha conhecimento da denúncia de irregularidades no órgão nem das acusações de Cleide com relação ao seu irmão e Pozzetti: "Isso não existe. Nunca ouvi falar disso".


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