São Paulo, sexta-feira, 28 de novembro de 2008

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Outro lado

Dantas tentou subornar PF, diz Procuradoria

DA REPORTAGEM LOCAL

No memorial final protocolado na 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, os procuradores da República que atuam no caso do suborno de policiais da Operação Satiagraha afirmaram que o banqueiro Daniel Dantas e duas pessoas a ele ligadas, Humberto Braz e Hugo Chicaroni, "conscientemente ofereceram vantagem indevida a funcionário público federal para determiná-lo a omitir a prática de ato de ofício relacionado à investigação policial".
Os procuradores Rodrigo De Grandis e Anamara Osório Silva afirmaram, no memorial, que os indícios (gravações, depoimentos e apreensão de dinheiro) são suficientes para a condenação dos acusados.
O Ministério Público informou que as cobranças feitas no curso do inquérito ao delegado Protógenes Queiroz por uma procuradora da República que atuou na fase inicial são "absolutamente normais". "São despachos inteiramente normais dentro um inquérito, o MPF cobrando a polícia mais detalhes, apenas isso", informou a assessoria da Procuradoria.
O juiz Fausto De Sanctis está em viagem a trabalho em Mônaco e não poderia ser localizado ontem. Segundo a assessoria, ele retorna ao Brasil no sábado. O delegado Protógenes e seu advogado, Luiz Fernando Gallo, procurados no início da noite de ontem, não foram localizados. Em entrevista nesta semana, o delegado disse que iria se manifestar sobre a ação penal somente após a decisão do juiz federal, ainda sem data para ocorrer. (RV)


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