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NO AR
Serrão e Felipão
NELSON DE SÁ
da Reportagem Local
Tudo certo, no roteiro.
O ministro fez um pronunciamento em rede nacional no
início da noite. E o presidente
confirmou em cerimônia à tarde, segundo a Globo News, que
o ministro "continua no cargo
no segundo mandato".
FHC falou mais:
- Serra está imprimindo um
caráter muito inovador na gestão da Saúde. Eu quero expressar minha satisfação de ver que
uma área tão delicada como a
saúde, objeto só de críticas durante tantos anos, começa a ser
objeto de reconhecimento.
Tudo certo, mas José Serra
tem outro papel, hoje, além de
ministro. Ocupou as tarefas de
Serjão e Mendonção, na vanguarda verbal tucana.
Palmeirense, seu alvo ontem
acabou sendo o técnico do clube, desclassificado no Campeonato Brasileiro. Serra disse que
o treinador "pensa pequeno"
-no que soou como resposta
ao canhestro apoio dado por
Luiz Felipe Scolari ao ex- ditador Augusto Pinochet.
Pois Felipão reagiu com ironia, na CBS Brasil e em quase
toda parte, e estragou o roteiro
de elogios e confirmação:
- A gente vê a saúde como
está, no Brasil. Está grande. Está bonita. Toda ajeitada.
Grampo e dossiê mal foram
mencionados, ontem na TV.
Deram lugar a remédios, tráfico e outros assuntos de interesse do governo federal.
Mas é como se o escândalo se
mantivesse, agourento, no ar.
Uma notícia de ontem:
- O presidente declara guerra ao narcotráfico. Agora será
permitida a instalação de microfones para escuta...
Serra ganhou um aliado
"trombador" em Mário Covas,
ontem. Segundo a Globo, o governador avisou que o Ministério da Produção deve servir para sublinhar uma nova vertente da política econômica. E não
para agradar partidos.
Parecia falar não da Produção, mas dos outros dois "superministérios" a serem inventados para PMDB e PFL.
E-mail: nelsonsa@uol.com.br
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