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PÚBLICO E PRIVADO
ACM defende
quarentena
de 1 ano para
direção do BC
da Sucursal de Brasília
O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), defendeu ontem a aprovação de um projeto de lei que estabeleça um período de quarentena durante o qual ex-diretores do Banco Central fiquem
proibidos de ocupar cargos em
instituições financeiras privadas. Para ele, um ano de quarentena é "bom".
"Temos de fazer as restrições
devidas, porque não é justo que
estabelecimentos privados
possam ter contato com ex-diretores do BC e ter acesso a informações privilegiadas."
ACM observou que o projeto
precisa ser discutido e elaborado "com cuidado", para que a
legislação não crie impedimentos que acabem dificultando a
nomeação pelo governo de
bons profissionais do setor,
restringindo esses cargos a funcionários de carreira do banco.
"Não podemos chegar ao
exagero de barrar bons profissionais, ficando o Banco Central sempre na base do corporativismo", disse o senador.
Para ele, restrições "exageradas" poderiam acabar prejudicando a política econômica do
país por falta de gente competente para gerir o setor.
ACM disse que a quarentena
tem de ser paga e que o governo
precisa fiscalizar os ex-diretores, para ter certeza de que eles
estão de fato fora do mercado.
˛
Tranquilidade
ACM teve ontem encontro
com o presidente Fernando
Henrique Cardoso no Palácio
da Alvorada. Quando voltou ao
Congresso, disse que o país vive um momento de "tranquilidade política" e que FHC "faz
questão de manter sua base de
sustentação unida".
Segundo ACM, foram superadas as principais divergências entre os três maiores partidos da base de sustentação do
governo no Congresso
-PMDB, PFL e PSDB-, geradas pelo episódio do grampo
telefônico que provocou a demissão do ex-ministro das Comunicações Luiz Carlos Mendonça de Barros.
"As divergências acabaram,
mas não posso dizer que elas
nunca mais existirão. Se existem até entre os casais, que dirá
entre três partidos?", disse
ACM, em tom de brincadeira.
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