da Sucursal de Brasília

O empresário Atilano de Oms Sobrinho, sócio de Carlos Jereissati na holding Tele Norte Leste, negou que o consórcio Telemar (dono da holding) tenha sido responsável pela divulgação das conversas telefônicas que derrubaram o ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros (Comunicações).
Ele disse que o ex-ministro "cometeu um engano" ao dizer que as conversas telefônicas grampeadas a partir da presidência do BNDES foram divulgadas pelo Telemar.
Oms Sobrinho é presidente da Inepar, que possui 11,45% do controle acionário da Tele Norte Leste.
"Tenho profunda admiração pelo ministro, mas acredito que ele tenha cometido um engano ao pensar que um dos nossos sócios tenha usado esse expediente (o grampo). Ele é uma pessoa inteligente e tem consciência de que, da nossa parte, não houve nenhum envolvimento nisso", afirmou.
"Nenhum dos sócios do Telemar fez uso do grampo, um expediente tão ignóbil. Ele (Mendonça de Barros) cometeu um engano que qualquer um de nós poderia cometer", disse Oms Sobrinho.
Ele elogiou o ex-ministro. Disse que ele é uma pessoa "íntegra e de boa-fé" e que "o Brasil perdeu" com a sua saída do governo.
Mendonça de Barros disse que as conversas telefônicas grampeadas teriam sido divulgadas pelo Telemar porque os seus integrantes não teriam concordado com a entrada do BNDESPar na Tele Norte Leste, após o leilão.
Oms Sobrinho reconheceu que o episódio do grampo "afeta a imagem" da Tele Norte Leste, mas os resultados da empresa não serão afetados por essa polêmica.
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Contribuição de campanha
O presidente da Inepar justificou a contribuição de R$ 1,5 milhão à campanha eleitoral do presidente Fernando Henrique Cardoso.
"O governo Fernando Henrique foi a salvação nacional. Durante muito tempo, sentíamos dificuldade de vender o Poder Executivo brasileiro lá fora. O presidente é um estadista e uma pessoa honesta. Toda vez que um governo como o dele for candidato, a Inepar vai contribuir", disse Atilano de Oms Sobrinho.



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