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COMUNICAÇÕES
Proposta consta de projeto de lei para regulamentar radiodifusão
Governo sugere licitações para o PT
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O atual governo sugere ao PT
que seja feita licitação para a concessão de canais de televisão educativa. A proposta consta de projeto de lei consolidando toda a regulamentação sobre radiodifusão
(rádio e TV) que será deixada
pronta para ser enviada ao Congresso pelo próximo governo.
Durante o governo Fernando
Henrique Cardoso, esses canais
foram concedidos sem licitação.
O ministro Juarez Quadros (Comunicações) afirmou que o atual
governo decidiu modificar o sistema de concessão desses canais
porque estava havendo muita demanda. Ainda de acordo com
Quadros, a licitação não envolverá pagamento, mas sim critérios
técnicos. Ou seja, não haverá pagamento em dinheiro pela concessão. O que valerá é o projeto
dos interessados em obter a TV
educativa.
O projeto também proíbe que
os sinas de uma TV aberta sejam
transmitidos apenas para um canal de TV por assinatura, com exclusividade. Se for aprovado o
projeto, todos os canais de TV por
assinatura poderão transmitir os
canais das emissoras abertas.
Ou seja, caso uma rede de televisão aberta compre com exclusividade um evento, como o Campeonato Brasileiro de Futebol, todos os canais de TV por assinatura poderão comprar o sinal dessa
TV aberta.
Outra mudança no projeto é a
flexibilização do horário de veiculação da "Voz do Brasil", noticiário oficial produzido pela Radiobrás. Hoje, há obrigação de esse
noticiário, que tem duração de
uma hora, ser veiculado às 19h.
Pelo projeto, as emissoras de rádio poderão transmitir a Voz do
Brasil em qualquer horário entre
as 19h e as 21h.
De acordo com o ministro Juarez Quadros, muitas emissoras de
rádio já estavam conseguindo, na
Justiça, liminares para transmitir
a "Voz do Brasil" em horário alternativos.
O projeto de lei criado pelo governo ainda prevê penas de detenção para que fraudar serviços
de comunicação eletrônica. Ou
seja, quem montar uma emissora
de rádio ou televisão pirata poderá ficar preso de seis meses a dois
ano e pagar multa.
O futuro ministro das Comunicações, Miro Teixeira, declarou
ontem que ainda irá analisar o
projeto de lei antes de decidir se
irá modificá-lo.
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