São Paulo, quinta-feira, 28 de dezembro de 2006

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Salário de adjuntos dificulta montagem da equipe de Serra

Auxiliares de secretários ganharão R$ 6,3 mil, quase metade do que recebem os titulares

De acordo com tucanos, o governador eleito não está disposto a conceder um reajuste para adjuntos, que depende de projeto de lei

CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O reajuste do salário dos secretários estaduais de São Paulo produziu uma discrepância entre o vencimento dos titulares e o de seus adjuntos. Como o aumento só contempla os secretários -que receberão R$ 11.875 mensais-, os adjuntos ganharão praticamente a metade: R$ 6.255,12 brutos.
Segundo tucanos, embora considere desagradável a situação, o governador eleito José Serra não estaria disposto a conceder um reajuste para os adjuntos, o que dependeria de um projeto de lei específico.
Mas, com dificuldade para a montagem de suas equipes, os tucanos já estariam cogitando a idéia. Reclamando das seguidas recusas aos seus convites, o vice-governador eleito e futuro secretário de Desenvolvimento Econômico, Alberto Goldman, afirma que "inevitavelmente, vai ser preciso reajustar os salários dos cargos de confiança mais elevados".
Para ele, além de incompatível com a responsabilidade do cargo, o salário não basta para atrair convidados da iniciativa privada. Até ontem, a quatro dias da posse, Goldman ainda não tinha escolhido seu adjunto. Segundo ele, a dificuldade afeta a todos os secretários que buscam auxiliares no mercado.
A alternativa, diz, é procurar colaboradores entre funcionários de carreira, do meio acadêmico ou aposentados. O futuro secretário do Trabalho, Guilherme Afif Domingos, disse que contou com "a estrutura da máquina". Seu adjunto é Nelson Almeida, saído da equipe de transição de Serra.
O secretário de Meio Ambiente, Xico Graziano, terá como adjunto o procurador Pedro Ubiratan. O secretário de Fazenda, Mauro Ricardo Costa, levou com ele seu adjunto na prefeitura, George Tormin.
Outras secretarias, como Comunicação, Gestão, Energia e Saneamento e Relações Institucionais ainda não foram concluídas. Segundo a assessoria do escritório de transição, os nomes de adjuntos ainda não foram formalizados porque os secretários ainda estão em fase de convite. A ocupação de parte dos cargos do segundo escalão também deverá ficar para o ano que vem, após negociação com os deputados eleitos.


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