São Paulo, quarta, 29 de janeiro de 1997.

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PFL ameaça expulsar deputado

da Sucursal de Brasília

O PFL ameaçou expulsar ontem o deputado Ricardo Barros (PR), que, além de decidir votar contra a reeleição, coordenava um movimento para adiar a votação.
A Executiva Nacional pefelista recuou da decisão à tarde. Não teria como expulsar o deputado antes da votação.
Outro empecilho encontrado foi o fato de o PFL não ter fechado questão a favor da reeleição, mas apenas feito uma recomendação de voto.
Cancelamento
"Achamos melhor não expulsar o deputado e cancelamos a reunião por falta de problemas'', comunicou o presidente do PFL, deputado José Jorge, de Pernambuco.
Bode expiatório
``Estou sendo o bode expiatório'', reagiu Barros contra a cúpula pefelista.
``Se o governo tem certeza de que tem os votos necessários, não sei por que sair à caça de quem pensa diferente'', criticou.
O deputado disse que foi procurado duas vezes pela Presidência da República para mudar de voto.
Não mudou: ``Não me compensaram, não me prestigiaram e ainda querem armar uma desculpa para que o partido não tenha defecções''.
Apesar da aparente tranquilidade, os líderes governistas não pararam de tentar convencer os deputados indecisos até durante a votação.

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