São Paulo, sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

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Amorim lerá discurso de petista em Davos

CLÓVIS ROSSI
ENVIADO ESPECIAL A DAVOS

O chanceler Celso Amorim lerá hoje o discurso que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia preparado para a cerimônia de entrega do prêmio de "Estadista Global", o primeiro que o Fórum Econômico Mundial concede a uma liderança política em seus 40 anos de história.
Como é natural, o ministro recusou-se a entrar em detalhes sobre o teor do discurso, por não ser dele e por não ter tido, até a tarde de ontem, tempo para lê-lo com atenção.
Antecipou de todo modo que Lula lembrará que esteve em Davos dias após ter tomado posse, em janeiro de 2003, e apresentará uma espécie de prestação de contas do que disse que faria então e o que de fato pôde fazer nos seus sete anos de governo.
Lula, pela voz de Amorim, tocará também nos temas que lhe são habituais, a saber: governança global, o que significa, certamente, realçar o papel do G20 na discussão dos temas econômicos globais. É a porta de entrada do Brasil no mundo dos grandes.
Tocará também na liberalização comercial, com o enésimo apelo pela conclusão da Rodada Doha, paralisada desde o seu lançamento, já faz nove anos.
A ausência de Lula foi naturalmente lamentada pelo Fórum Econômico Mundial, ainda mais pelos motivos que a originaram. "Desejamos o mais pronto restabelecimento", disse Adrian Monck, o chefe de imprensa do Fórum, que acrescentou um lamento pessoal: "É uma pena porque se trata de um dos meus ídolos políticos".
Mas não houve maior repercussão entre o público de Davos, porque estão todos super-habituados a receber personalidades do mundo inteiro.
A informação inicial do Itamaraty era a de que Henrique Meirelles, o presidente do Banco Central, representaria Lula. Só depois é que Amorim disse "ter recebido instruções" para fazer ele o discurso. Sobre a suposição de um repórter de que a ausência de Lula ensombreceria o encontro de Davos, saiu-se com "a presença de Lula sempre ilumina".


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