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HISTÓRIAS REAIS
"Minha doença pode ser curada"
DA AGÊNCIA FOLHA
O coordenador do Jogadores
Anônimos em São Paulo, Paulo
(nome fictício), 55, entrou no grupo em janeiro de 1997. "Tenho
consciência de que possuo uma
doença de fundo emocional, progressiva, que pode me levar à loucura ou à morte prematura. Mas
essa doença pode ser curada por
meio do programa do Jogadores
Anônimos, que vem possibilitando minha mudança de caráter."
Paulo começou a jogar bingos
em 1995, após se aposentar, quando era casado e tinha uma situação financeira estável. Começou a
contrair dívidas em bancos, financeiras, operadoras de cartão
de crédito e perdeu amigos, em
razão do jogo. "Perdi algo em torno de R$ 60 mil com bingos." Para
Paulo, o "fundo do poço" chegou
quando um de seus filhos lhe disse que, desse jeito, não havia como a família continuar junta.
No dia seguinte, Paulo se mudou para a casa da mãe. Após se
separar da mulher, com quem teve três filhos, entrou para o Jogadores Anônimos, em 1997. Há seis
anos longe da jogatina, atribui a
Deus sua decisão de parar.
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