São Paulo, domingo, 29 de fevereiro de 2004

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HISTÓRIAS REAIS

"Minha doença pode ser curada"

DA AGÊNCIA FOLHA

O coordenador do Jogadores Anônimos em São Paulo, Paulo (nome fictício), 55, entrou no grupo em janeiro de 1997. "Tenho consciência de que possuo uma doença de fundo emocional, progressiva, que pode me levar à loucura ou à morte prematura. Mas essa doença pode ser curada por meio do programa do Jogadores Anônimos, que vem possibilitando minha mudança de caráter."
Paulo começou a jogar bingos em 1995, após se aposentar, quando era casado e tinha uma situação financeira estável. Começou a contrair dívidas em bancos, financeiras, operadoras de cartão de crédito e perdeu amigos, em razão do jogo. "Perdi algo em torno de R$ 60 mil com bingos." Para Paulo, o "fundo do poço" chegou quando um de seus filhos lhe disse que, desse jeito, não havia como a família continuar junta.
No dia seguinte, Paulo se mudou para a casa da mãe. Após se separar da mulher, com quem teve três filhos, entrou para o Jogadores Anônimos, em 1997. Há seis anos longe da jogatina, atribui a Deus sua decisão de parar.



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