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Presidente não sai e constrange os conselheiros
DA REPORTAGEM LOCAL
As denúncias contra o presidente do TCE de São Paulo,
Eduardo Bittencourt Carvalho, têm constrangido os demais conselheiros da Casa,
que evitam dar declarações
públicas sobre o caso.
Foi em uma reunião fechada, em janeiro, que Bittencourt ouviu o primeiro apelo
para que se defendesse fora
do TCE. A proposta foi rejeitada por ele, que avalia ter
mais força enquanto ocupar
a cadeira de presidente.
Diante da recusa, o conselheiro Robson Marinho levou a questão ao plenário e
pediu, na primeira reunião
do ano com os sete conselheiros, dia 13, que Bittencourt se afastasse do conselho e da presidência.
As declarações de Marinho
foram parar no "Diário Oficial" do dia 22 de fevereiro.
Ele disse na sessão que o caso
arrasta o tribunal para o
"olho do furacão" e que, até
agora, Bittencourt não apresentou "nenhum esclarecimento público convincente".
"A insistência de Vossa Excelência em permanecer
ocupando a presidência acaba por desgastar e comprometer a imagem do tribunal.
Não gostaria de fazê-lo, mas,
aqui, entre nós, [...] reitero a
sugestão para que pense na
hipótese de se licenciar temporariamente da presidência
até essas questões ficarem
devidamente esclarecidas",
disse Marinho.
Bittencourt refutou a possibilidade: "A licença que eu
poderia tirar seria licença
para tratamento de saúde,
mas eu estou bem. Como vou
tirar? Não há como tirar licença de saúde", disse.
Com a negativa, Marinho
fez um novo apelo. "Nenhuma medida legal pode ser tomada por iniciativa minha
ou por iniciativa de meus pares para provocar o afastamento de V. Ex.ª. Ficamos,
no entanto, aguardando uma
decisão pessoal, de foro íntimo." "Muito obrigado", respondeu Bittencourt de forma lacônica.
(LC)
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