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Em 93, CPI atropelou trabalhos
da Sucursal de Brasília
Atropelada pela CPI (Comissão
Parlamentar de Inquérito) do Orçamento e pelo início da campanha eleitoral ao Planalto, a revisão
constitucional de 1993 -a única
prevista pela Constituição- foi
considerada um fiasco.
Os trabalhos foram abertos com
a urgência do governo Itamar
Franco e do então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, em aprovar o Fundo Social de
Emergência, responsável pelo saneamento das contas públicas para a entrada em vigor do real.
Com o apoio do PFL, que já
apostava na aliança eleitoral com o
PSDB, FHC conseguiu fazer com
que o Congresso aprovasse a primeira emenda da revisão, que faria
deslanchar o Plano Real.
O fundo depois mudou de nome
-para FEF (Fundo de Estabilização Fiscal)- e continua responsável por impedir um rombo maior
nas contas públicas três anos depois da implantação do Real.
O governo já trabalha para reeditar novamente o FEF até dezembro
de 1999, prazo em que o Planalto
espera que as reformas estejam
concluídas.
Outro legado da revisão foi o
atual tamanho do mandato do
presidente da República, de quatro anos. O texto está sob reforma
e depende dos votos de 49 senadores para garantir ao presidente o
direito de reeleição.
Nelson Jobim, ex-relator da revisão, atual ministro da Justiça, costuma atribuir à falta de empenho
do governo e à obstrução da oposição o fracasso do trabalho.
(MS)
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