São Paulo, terça-feira, 29 de março de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

OUTRO LADO

Ministro afirma que problema é do seu ex-sócio

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em nota assinada pelo seu assessor de comunicação, o ministro da Previdência, Romero Jucá (PMDB-RR), voltou a dizer ontem que as sete fazendas inexistentes foram oferecidas como garantia ao Basa (Banco da Amazônia) pelo seu ex-sócio, Luiz Carlos Fernandes de Oliveira.
Procurado desde sexta-feira e novamente ontem, o ministro não concede entrevista à Folha sobre o assunto.
De acordo com a nota, o ministro teria dito: "Deixei de ser sócio da empresa há oito anos, e, portanto, não tenho a ver com a sua gestão". Segundo a nota de ontem, "a reportagem publicada pela Folha de S.Paulo em sua edição de hoje (...) parte de uma premissa equivocada: o ministro Romero Jucá jamais foi proprietário de sete fazendas, portanto jamais poderia oferecê-las em garantia ao Banco da Amazônia (Basa). A garantia foi dada pelo novo proprietário da Frangonorte, Luiz Carlos Fernandes de Oliveira, dono das referidas áreas (...). As fazendas, portanto, foram dadas em garantia por Luiz Carlos, e não pelo ministro. Jucá apenas transferiu suas cotas na empresa ao novo proprietário, há oito anos, por meio de um documento citado pelo jornal".
De acordo com o documento registrado em cartório de Boa Vista (RR) em 12 de agosto de 1996, Jucá e seu então sócio, Getúlio Cruz, encaminharam as fazendas como garantia ao banco na qualidade de "fiadores e principais pagadores".
O suposto dono das propriedades, Luiz Carlos Fernandes de Oliveira, aparece no documento apenas como "hipotecante interveniente" (terceiro, não devedor, que teve bem hipotecado em favor do devedor real). (RV)


Texto Anterior: Dinheiro público: Procuradoria investiga Jucá desde setembro
Próximo Texto: Panorâmica - Saúde: Ramez Tebet continua em UTI em SP
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.