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Pedetista omitiu sociedade em firma do TRE
SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO
O pedetista Carlos Lupi,
futuro ministro do Trabalho, jamais informou ao
TRE (Tribunal Regional
Eleitoral) do Rio sobre a
sua condição de sócio da
firma de distribuição de
combustíveis que criou há
12 anos em parceria com
Marcelo de Oliveira Panella, tesoureiro do partido.
Certidão obtida pela Folha revela que Lupi e Panella registraram na Junta
Comercial fluminense, em
3 de abril de 1995, a criação
da empresa Auto Posto
São Domingos e São Paulo
Comércio e Representações Ltda., com sede em
Nova Iguaçu.
Lupi já disputou três
eleições. Em nenhuma delas declarou ao TRE, na
obrigatória listagem de
bens, que integrava a composição societária da empresa. Na certidão, a Junta
Comercial atesta que Lupi
é fundador e dono de 50%
da "sociedade por cotas de
responsabilidade limitada". O capital social da empresa está avaliado em
R$ 20 mil.
De acordo com o contrato, o objetivo da empresa é
a "comercialização de
combustíveis, lubrificantes, aditivos, peças de automóveis, bebidas alcoólicas e não-alcoólicas, comestíveis e representações em geral".
Outro lado
Segundo Lupi, a empresa nunca chegou a ser implantada fisicamente. De
acordo com ele, a existência da companhia não foi
informada à Justiça Eleitoral porque ele e o sócio
deram baixa no registro da
Junta Comercial.
No entanto, a firma continua legalizada. Não foi
dada baixa na sua inscrição nem houve alterações
na composição societária,
objeto social e capital. Para a entidade, Lupi continua responsável pela empresa, assim como Panella.
"Nós chegamos a montar o nome de uma firma,
mas ela nunca foi criada e
já foi dado baixa", afirmou
ele, que disse não se lembrar da data do pedido de
baixa. Panella também
afirmou não se lembrar.
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