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Tucanos fazem reuniões para medir forças
Vereadores eleitos por São Paulo iniciam encontros para medir a tropa em defesa da aliança com DEM
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Dispostos a aferir sua força
para uma eventual disputa no
voto, vereadores eleitos pelo
PSDB realizam hoje, em São
Paulo, reuniões para medir sua
tropa para a defesa da manutenção da aliança com o DEM
na cidade de São Paulo. Serão
realizadas cinco reuniões na
capital. Nelas, 9 dos 12 vereadores, segundo Gilberto Natalini,
líder da bancada na Câmara,
consultarão delegados e filiados sobre a proposta de lançamento de candidatura própria
ou preservação da aliança.
Daí traçarão a estratégia para
a luta no partido. Segundo vereadores, a idéia é convocar
uma pré-convenção para o enfrentamento no voto.
Natalini não quis falar da hipótese, "não amadurecida".
"Não tenho resposta, sinceramente. Não posso falar isso ainda. Não está em cogitação de
maneira concreta", afirmou
Natalini, ao ser questionado sobre a hipótese de disputa por
meio de votação.
Enquanto os kassabistas se
armam para a disputa interna,
os alckmistas pressionam o
presidente do PSDB municipal,
José Henrique Reis Lobo, para
que ele anuncie, no máximo em
15 dias, a candidatura do ex-governador Geraldo Alckmin à
Prefeitura de São Paulo.
Lobo, no entanto, tem resistido à idéia de oficialização do
nome antes de um terceiro encontro entre Alckmin e o prefeito Gilberto Kassab.
Segundo tucanos, o próprio
Alckmin procurou integrantes
da Executiva municipal do
PSDB sugerindo a formalização da candidatura desde já.
Assim, teria alegado, seria
possível inibir manifestações
de apoio de tucanos a Kassab.
Além disso, estaria livre para a
costura de alianças.
Vice-presidente do PSDB, o
deputado Júlio Semeghini defendeu Lobo de críticas durante ato pró-Alckmin na noite de
quinta-feira. Ele, no entanto,
deixa claro que discorda do cronograma.
"Apóio o ritual. Mas acho que
deveria ser mais rápido para
permitir que o Geraldo negocie
a aliança", afirmou o deputado.
Admitindo "forte pressão",
Lobo afirma: "Não vou antecipar. Não posso alterar o cronograma, aliás fixado pelos dois
[Alckmin e Kassab]".
Na noite de quinta, o evento
organizado para lançar o nome
de Alckmin foi marcado por
discursos inflamados contra os
kassabistas. Contou com cerca
de 400 simpatizantes, dois vereadores, quatro deputados estaduais e três federais.
Na ocasião, o deputado federal Júlio Semeghini disse que
Alckmin às vezes se sente traído. "Às vezes, ele se sente triste
e traído porque as pessoas o
tratam como ele não mereceria. Agora, está feliz."
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