São Paulo, sábado, 29 de março de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Tucanos fazem reuniões para medir forças

Vereadores eleitos por São Paulo iniciam encontros para medir a tropa em defesa da aliança com DEM

CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Dispostos a aferir sua força para uma eventual disputa no voto, vereadores eleitos pelo PSDB realizam hoje, em São Paulo, reuniões para medir sua tropa para a defesa da manutenção da aliança com o DEM na cidade de São Paulo. Serão realizadas cinco reuniões na capital. Nelas, 9 dos 12 vereadores, segundo Gilberto Natalini, líder da bancada na Câmara, consultarão delegados e filiados sobre a proposta de lançamento de candidatura própria ou preservação da aliança.
Daí traçarão a estratégia para a luta no partido. Segundo vereadores, a idéia é convocar uma pré-convenção para o enfrentamento no voto.
Natalini não quis falar da hipótese, "não amadurecida". "Não tenho resposta, sinceramente. Não posso falar isso ainda. Não está em cogitação de maneira concreta", afirmou Natalini, ao ser questionado sobre a hipótese de disputa por meio de votação.
Enquanto os kassabistas se armam para a disputa interna, os alckmistas pressionam o presidente do PSDB municipal, José Henrique Reis Lobo, para que ele anuncie, no máximo em 15 dias, a candidatura do ex-governador Geraldo Alckmin à Prefeitura de São Paulo.
Lobo, no entanto, tem resistido à idéia de oficialização do nome antes de um terceiro encontro entre Alckmin e o prefeito Gilberto Kassab.
Segundo tucanos, o próprio Alckmin procurou integrantes da Executiva municipal do PSDB sugerindo a formalização da candidatura desde já.
Assim, teria alegado, seria possível inibir manifestações de apoio de tucanos a Kassab. Além disso, estaria livre para a costura de alianças.
Vice-presidente do PSDB, o deputado Júlio Semeghini defendeu Lobo de críticas durante ato pró-Alckmin na noite de quinta-feira. Ele, no entanto, deixa claro que discorda do cronograma.
"Apóio o ritual. Mas acho que deveria ser mais rápido para permitir que o Geraldo negocie a aliança", afirmou o deputado.
Admitindo "forte pressão", Lobo afirma: "Não vou antecipar. Não posso alterar o cronograma, aliás fixado pelos dois [Alckmin e Kassab]".
Na noite de quinta, o evento organizado para lançar o nome de Alckmin foi marcado por discursos inflamados contra os kassabistas. Contou com cerca de 400 simpatizantes, dois vereadores, quatro deputados estaduais e três federais.
Na ocasião, o deputado federal Júlio Semeghini disse que Alckmin às vezes se sente traído. "Às vezes, ele se sente triste e traído porque as pessoas o tratam como ele não mereceria. Agora, está feliz."


Texto Anterior: Perfil: Secretária está ao lado de Dilma desde ano 2002
Próximo Texto: Candidato de Aécio e Pimentel doou R$ 1,1 mi
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.