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Mais crianças têm tempo maior na escola, diz IBGE
DA SUCURSAL DO RIO
De 2004 para 2006, o IBGE
detectou um aumento na proporção de crianças que estudam em turnos maiores do que
quatro horas diárias. O acréscimo ocorreu tanto na rede pública quanto na particular. No
entanto, permanece um quadro já detectado na primeira
pesquisa: os alunos da rede pública passam menos tempo em
sala e faltam mais às aulas.
Em 2006, na rede pública, o
percentual de estudantes que
passavam mais de quatro horas
na escola era de 42% no ensino
fundamental. No nível médio,
chegava a 52%. Na rede privada, eles aumentam, respectivamente, para 59% e 76%.
Analisando as faltas, na rede
pública 19% dos estudantes de
0 a 17 anos tiveram pelo menos
seis faltas num período de dois
meses. Na particular, o percentual diminui para 15%.
De acordo com a pesquisa divulgada ontem, o principal motivo que levou crianças e jovens
de 7 a 17 anos a não estarem freqüentando a escola foi a falta de
vontade dos próprios ou dos
pais (38% dos casos). Em seguida, vem a necessidade de trabalhar (20%) e a falta de transporte (8%). A falta de vaga ou de escola foi alegada por apenas 6%
dos entrevistados.
Os dados mostram que na
faixa etária de 7 a 14 anos -em
que o ensino é quase universalizado- pouca diferença faz a
família receber ou não programas sociais do ponto de vista do
acesso à escola. Entre domicílios com benefício, só 2,8% das
crianças não estudam. Entre
não-beneficiados, 2,1%.
Essa diferença é maior no caso das crianças de 4 a 6 ou de 15
a 17 anos. De 4 a 6, o percentual
de crianças fora da escola é de
27% entre os beneficiários e de
22% entre não-beneficiados.
De 15 a 17, esses percentuais
são, respectivamente, de 21% e
de 16%. Como a pesquisa não
acompanha o mesmo grupo ao
longo do tempo, não há como
identificar, com precisão, se haveria efeito do Bolsa Família no
aumento da freqüência escolar.
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