São Paulo, sábado, 29 de março de 2008

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Mais crianças têm tempo maior na escola, diz IBGE

DA SUCURSAL DO RIO

De 2004 para 2006, o IBGE detectou um aumento na proporção de crianças que estudam em turnos maiores do que quatro horas diárias. O acréscimo ocorreu tanto na rede pública quanto na particular. No entanto, permanece um quadro já detectado na primeira pesquisa: os alunos da rede pública passam menos tempo em sala e faltam mais às aulas.
Em 2006, na rede pública, o percentual de estudantes que passavam mais de quatro horas na escola era de 42% no ensino fundamental. No nível médio, chegava a 52%. Na rede privada, eles aumentam, respectivamente, para 59% e 76%.
Analisando as faltas, na rede pública 19% dos estudantes de 0 a 17 anos tiveram pelo menos seis faltas num período de dois meses. Na particular, o percentual diminui para 15%.
De acordo com a pesquisa divulgada ontem, o principal motivo que levou crianças e jovens de 7 a 17 anos a não estarem freqüentando a escola foi a falta de vontade dos próprios ou dos pais (38% dos casos). Em seguida, vem a necessidade de trabalhar (20%) e a falta de transporte (8%). A falta de vaga ou de escola foi alegada por apenas 6% dos entrevistados.
Os dados mostram que na faixa etária de 7 a 14 anos -em que o ensino é quase universalizado- pouca diferença faz a família receber ou não programas sociais do ponto de vista do acesso à escola. Entre domicílios com benefício, só 2,8% das crianças não estudam. Entre não-beneficiados, 2,1%.
Essa diferença é maior no caso das crianças de 4 a 6 ou de 15 a 17 anos. De 4 a 6, o percentual de crianças fora da escola é de 27% entre os beneficiários e de 22% entre não-beneficiados. De 15 a 17, esses percentuais são, respectivamente, de 21% e de 16%. Como a pesquisa não acompanha o mesmo grupo ao longo do tempo, não há como identificar, com precisão, se haveria efeito do Bolsa Família no aumento da freqüência escolar.


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